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Davis Sena Filho

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TRF-4 optou pela barbárie dos golpistas e usurpadores ao condenar Lula

Os três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, João Gebran Neto (relator do caso), Leandro Paulsen (revisor) e Víctor Laus estão a ser também julgados pela comunidade internacional que, com lupa, está a observar até onde os togados do Judiciário, especificamente do TRF-4

Os três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, João Gebran Neto (relator do caso), Leandro Paulsen (revisor) e Víctor Laus estão a ser também julgados pela comunidade internacional que, com lupa, está a observar até onde os togados do Judiciário, especificamente do TRF-4 (Foto: Davis Sena Filho)
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Os três desembargadores da 8ª Turma do TRF-4, João Gebran Neto (relator do caso), Leandro Paulsen (revisor) e Víctor Laus estão a ser também julgados pela comunidade internacional que, com lupa, está a observar até onde os togados do Judiciário, especificamente do TRF-4, que estão a julgar o ex-presidente trabalhista e de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, irão chegar no que concerne a se limitar aos autos do processo e dos ditames da Lei.

Evidentemente que a situação do Judiciário, no que tange ao TRF-4 e à vara do juiz Sérgio Moro não é das mais confortáveis, até porque, além da observação internacional, que se encontra dentro dos prédios do TRF-4, existe um forte movimento interno de oposição a uma Justiça que se tornou militante política, que está a intervir no processo eleitoral, na tentativa de interditar a candidatura Lula, que lidera todas as pesquisas eleitorais, de cabo a rabo, em todo o Brasil.

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Tal processo jurídico rocambolesco e digno de uma republiqueta das bananas é devido, sem sombra de dúvida, à continuação do golpe de direita, que começou com a deposição da presidente reeleita legitimamente e democraticamente, Dilma Rousseff.

Os togados que edificaram esse arcabouço jurídico e político de irresponsabilidade incomensurável sabem que estão a atuar como pontas de lanças do processo político dantesco ou draconiano, que tem por principal finalidade impedir que o Lula seja candidato, condenado ou não, até porque eles têm consciência de que Lula, em um primeiro momento, não seria preso.

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Por isto a condenação de Lula de nove anos e meio a 12 anos e um mês de prisão em regime fechado e sem provas de o político ter cometido crimes. Não poderia ser o contrário, pois não carimbar a sentença de Moro, significa reconhecer que o processo contra o Lula é uma farsa e fraude eminentemente político-ideológica.

O desembargador Gebran tem consciência das realidades apresentadas e resolveu apostar na continuidade da farsa e do golpe, mesmo a ter pleno conhecimento que em futuro próximo será pelo resto da vida duramente questionado, a ser um dos exemplos de até que ponto os homens da Lei podem levar o ato de justiça à degeneração moral e civilizatória.

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A verdade é que o PT decidiu que o líder trabalhista e de esquerda será candidato a presidente, inclusive a dar continuidade às Caravanas da Cidadania, que após o julgamento do TRF-4 serão realizadas no Rio Grande do Sul, a se iniciar pela cidade de São Borja, berço do trabalhismo brasileiro, onde estão sepultados os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, além do governador Leonel Brizola — três dos maiores vultos da história do Brasil.

O julgamento do recurso do ex-presidente Lula, que luta contra a absurda e inconsequente condenação de nove anos e meio por decisão monocrática de um juiz militante, seletivo e partidário se tornou a encruzilhada onde o Brasil irá decidir seu destino, ou seja, se será ainda uma democracia e terá o desejo de ser um País independente, soberano e não apenas cumprir o papel de caçamba a reboque dos países centrais, notadamente os Estados Unidos, que estão, sobretudo, envolvidos com o golpe de estado perpetrado contra a democracia brasileira e o Estrado Democrático de Direito, garantido pela Constituição de 1988.

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São essas questões tão importantes para o destino do Brasil que transformam o julgamento do TRF-4 em um processo de exceção, porque os juízes e o MPF sabem e compreendem que não houve crime praticado por Lula, assim como o próprio juiz Moro em sua sentença político-partidária reconheceu que o triplex do Guarujá não é oriundo de recursos da Petrobras, além de ter deixado claro que suas "convicções" e "indícios" bastavam para condenar um cidadão que não cometeu crimes.

O juiz Sérgio Moro e o relator do caso Lula no TRF-4, desembargador João Gebran Neto, são sabedores de que o apartamento, que jamais pertenceu a Lula, está em nome da OAS. A verdade irrefutável é que, desde 2010, 100% dos direitos econômico-financeiros sobre o imóvel pertencem a um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal (CEF).

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A resumir: como o Lula poderia ser dono de um imóvel sem a CEF concordar com o negócio entre Lula e a OAS, cujo Leo Pinheiro, dono da construtora, modificou seu depoimento umas três vezes, até que satisfizesse os Torquemadas do Ministério Público, os lamentáveis autores do powerpoint cretino, leviano e mentiroso, que tratou o Lula como o "chefão" de organização criminosa, uma demência sem precedentes, que somente gente ignorante e fanática como o procurador Deltan Dallagnol e seus sequazes poderiam acreditar em tanta insensatez e desfaçatez.

Enquanto o MPF mente e milita politicamente, os verdadeiros chefões de quadrilha estão no poder central, a entregar o patrimônio público do País, a desmontar o Estado nacional e a exterminar com todos os programas de inclusão social, inclusive a "congelar" por vinte anos os investimentos em saúde em educação, um verdadeiro crime de lesa-pátria, além de ser uma política covarde de terra arrasada, com a entrega criminosa do Pré-Sal.

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Trata-se da direita escravocrata brasileira, a provinciana, a subalterna, a portadora de incomensurável e inenarrável complexo de vira-lata, a que jamais pensou o Brasil, que se sente "segura" quanto aos seus interesses mesquinhos ao ser subordinada eternamente à sua Corte — os Estados Unidos.

Todo este contexto amplo e complexo está inserido no julgamento mequetrefe de Lula, que, na verdade, é a maior farsa efetivada na história da República, que teve seu início com o impeachment (golpe de estado), que levou à deposição da legítima e constitucional presidente Dilma Rousseff. E por que faço tais afirmativas? Porque é impossível separar o julgamento de exceção contra o Lula do que está em jogo, agora, no Brasil, que é a decisão sobre o destino do País, ou seja, se o brasileiro quer continuar a ser cidadão de uma republiqueta bananeira ou se irá de vez lutar para que o Brasil se torne uma potência real no mundo, soberana e independente, porque dona de seu destino.

A verdade é que o Judiciário partidarizado e seletivo, além de injusto, mais do julgar o Lula está a julgar o povo brasileiro, cuja maioria deseja votar em Lula. O julgamento do TRF-4 é um referendo, pois os juízes estão também no banco dos réus. Podem até fingir que não estão, mas certamente que a situação do Judiciário brasileiro, à frente o STF, é a vergonha e o vexame do Brasil, porque além de partidarizado e altamente ideológico, mas sempre a militar no campo da direita, chancelou uma farsa grotesca e questionada amplamente e duramente no meio jurídico nacional e internacional.

Agora não tem volta e os togados e meganhas terão de levar a mentira até o fim, doa a quem doer e que se dane o País. Lamentável que homens e mulheres da Justiça tenham embarcado em um barco prestes a afundar por causa de serem ideológicos e partidários.

Agora mesmo, em pleno julgamento do recurso de Lula, que foi propositalmente marcado a toque de caixa, com o objetivo central de impedir sua candidatura, o procurador do Ministério Público Federal, Maurício Gerum, criticou juristas e acadêmicos por "não verem provas" contra o Lula.

Seria cômico se não fosse trágico. Gerum citou como "prova" contra o ex-presidente e líder popular de esquerda reportagem do jornal O Globo, empresa da famiglia Marinho, que participou de conspirações e traições contra o País, bem como foi alicerce de dois golpes de estado, os de 1964 e 2016.

Tal matéria, como já comentei diversas vezes, transformou-se na base das acusações ao presidente Lula, no que é relativo ao apartamento do Guarujá. Moro a citou como prova, a confirmar a impressão de que a Justiça é pautada pela imprensa de mercado, bem como sua associada na frente golpista e usurpadora.

Trata-se de uma Justiça e MPF totalmente vinculados à agenda golpista e entreguista do Grupo Globo, organização privada acusada de inúmeros crimes, inclusive os de sonegação de impostos e de remessas de dinheiro não declaradas à Receita e por isto criminosas. Nunca e em hipótese alguma o MPF dos dellagnóis correu atrás dos crimes da famiglia Marinho, a dona de oligopólio midiático e useira e vezeira em desestabilizar governos eleitos legitimamente pelo povo brasileiro.

Como o Brasil se tornou terra de ninguém, ouve-se declaração estapafúrdia como esta: "Não é por que se trata de um presidente que só vamos aceitar como prova uma escritura [do tríplex]" — afirmou o procurador. Inacreditável ou surreal. O que vale para o procurador são as mentiras de O Globo. "Convicções e indícios" bastam para tal sujeito. Não importam as barbaridades e selvagerias, que contrariam os marcos civilizatórios e colocam à prova que as acusações contra o Lula o são desprovidas de materialidade e provas. Trata-se de uma farsa criminosa e chancelada absurdamente por servidores do Judiciário e do MPF!

O que importa para essa gente é que o maior partido de direita do Brasil, o Judiciário, imponha suas intenções frágeis e caducas, que não suportam os ventos da verdade, bem como as acusações improcedentes contra o Lula o são, na verdade, apenas uma ferramenta para que o líder popular seja condenado e impedido de se candidatar a presidente. Não importa, mesmo ao preço altíssimo da desmoralização do Judiciário, que é a vergonha e o vexame do Brasil, o que resultará para a moral e a credibilidade da Justiça uma condenação sem ter ocorrido crime.

Setenta mil pessoas participaram ontem de evento em apoio a Lula em Porto Alegre. Uma multidão, que não apareceu nas telas e nas publicações da imprensa burguesa e de negócios privados. Por sua vez, as pessoas sabem que os togados e meganhas não têm limites e lutam desesperadamente para finalizar o golpe de estado de terceiro mundo — a cara e a alma deles.

Contudo, Lula dará continuidade à sua caminhada, preso ou não, porque grande parte do povo brasileiro sabe e compreende que a Justiça brasileira é realmente e literalmente a vergonha e o vexame do Brasil. A condenação de Lula será a sentença de morte da direita, porque o povo sabe quem é o carrasco dos trabalhadores e dos interesses do Brasil. Condenado, Lula terá enorme influência nas eleições. Lula é a antítese do atraso e do retrocesso. É isso aí.

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