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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Trump queima Bolsonaro e fortalece Mourão

O imperador Trump, diante do desgaste internacional do Brasil, por se transformar, a partir de hoje, no campeão mundial de mortes pela Covid-19, pulou fora da amizade com ele

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O presidente capitão Bolsonaro virou um incômodo para o Império de Tio Sam.

O imperador Trump, diante do desgaste internacional do Brasil, por se transformar, a partir de hoje, no campeão mundial de mortes pela Covid-19, pulou fora da amizade com ele.

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Ao dizer que se ele, Trump, tivesse agido como Bolsonaro, haveria mais de 2,5 milhões de mortos americanos.

Queimação explícita.

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O mal exemplo de Bolsonaro de atacar o isolamento social é, em escala global, considerado a causa impulsionadora de mortes.

Preocupado com sua candidatura, que corre atrás 10 pontos percentuais da de Biden, candidato do Partido Democrata, Trump jogou Bolsonaro, persona global non grata, no mar.

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Ao mesmo tempo, o imperador americano cuidou de eleger novo representante dele, no Brasil, colocando no Itamarati, especulador do mercado financeiro, em Wall Street, Geraldo Brown.

Indicado por Steve Bannon, marqueteiro de Trump, para trabalhar com o chanceler Araújo, Brown é o novo homem forte do governo.

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Bannon, por sua vez, aliado do guru dos Bolsonaro, “filósofo” Olavo de Carvalho, escala o poder brasileiro por meio do chanceler Araújo, que se fortalece no poder.

Homem de Wall Street dá as cartas

Ao lado de Brown, Araújo se torna tão importante quando Paulo Guedes, porta-voz do mercado financeiro.

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Guedes, a partir de agora, rende-se às ordens do homem de Wall Street, no Itamarati.

Fragiliza-se Bolsonaro, rendido a Araújo-Brown-Bannon, ou não?

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Destaque-se o essencial: possível descarte de Bolsonaro por Trump é fato gerado no exterior da realidade nacional, fenômeno produzido a partir de Washington, no contexto de interesses políticos de Trump.

Entra na cena política brasileira a sucessão americana, em que Trump, para melhorar sua disputa com o adversário Joe Biden, do Partido Democrata, vê-se na contingência de descartar o aliado tupiniquim que virou mal exemplo no cenário global da pandemia.

Bolsonaro está sendo pego no contrapé do processo, que, no fundo, ao fragiliza-lo, viabilizaria o vice Mourão.

Tende-se, portanto, aprofundar desgaste bolsonarista, com seu descarte pelo seu principal aliado.

Trata-se, para Trump, de algo involuntário, o de se transformar, no auge da pandemia, em adversário do seu maior aliado na América do Sul, tornado incômodo em meio a circunstâncias político-extraordinárias detonadas pelo novo coronavírus.

Passeatas decisivas

As passeatas, em todo o país, de protesto a Bolsonaro, fator político de dentro para fora e não de fora para dentro do espectro político, contribuem para aprofundar o desgaste bolsonarista.

O presidente capitão passa a enfrentar quatro adversários simultâneos:

1 – Trump, que deixa de ser seu amigo, por conveniência político-eleitoral;

2 – os protestos do próximo domingo, contra os crimes de que é acusado, por adotar comportamento negativo diante do novo coronarívus, induzindo a população ao negacionismo da pandemia:

3 – governos estaduais e municipais, asfixiados por falta de repasses de recursos da União para poderem enfrentar o novo coronavírus, e;

4 – Congresso, que acumula pedidos de impeachment, prontos para destruí-lo.

A propensão da população à crítica ao presidente ganhou a esquerda e a direita, colocando de saia justa a ultradireita bolsonarista.

Assinaram, nessa semana, abaixo assinados contra Bolsonaro representantes dos trabalhadores e dos empresários, produzindo, no interior da oposição, controvérsias variadas.

O fato revela que a sociedade brasileira pode ser a única, no mundo, a enfrentar dois adversários: um, o coronavírus, que impõe as regras do jogo, soberanamente; outro, o presidente Bolsonaro que desobedece lei sanitária do isolamento social.

Geni mundial

A posição presidencial passou a incomodar os próprios bolsomínios empresários, que o pressionaram a agir conforme interesses do capital, em vez do interesse da preservação de vidas.

Depois de quase duas semanas de abertura do comércio, reconhecem a ineficácia da sua própria reivindicação e, igualmente, da ação presidencial.

Afinal, os consumidores se recusam ir às compras, para não pegar o vírus na aglomeração social.

De que adianta abrir as portas do comércio?

Assim como a aposta do presidente na cloroquina, como panaceia salvacionista, entrou pelo cano, diante da negativa da ciência ao medicamento, da mesma forma, entram pelo cano os que seguiram o presidente para apressar abertura dos negócios em geral.

Diante da pandemia em seu auge, recomendando ao senso popular cautela, em vez de ousadia inconsequente, Bolsonaro, ao insistir na insensatez politicamente suicida, também, entra pelo cano.

Trump, o imperador, hoje, criticou a inconsequência bolsonarista.

Por isso, o presidente capitão foi rifado pelo chefe da Casa Branca, que percebeu o óbvio: com Bolsonaro do lado, estará liquidado, eleitoralmente.

Seu aliado virou Geni mundial.

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