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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Trump sem liderança racha Europa, fortalece Irã-Rússia-China e se fragiliza na campanha pela reeleição

A reeleição de Trump corre perigo; ele rasgou o compromisso com eleitores; prometeu tirar os EUA das guerras e não conseguiu; caiu na armadilha de Israel e do Pentágono, senhor da guerra; recebeu dos judeus bilhões de dólares para sua eleição a fim de sair do acordo nuclear de 2015 e anular o Irã, como desejam os israelenses

(Foto: REUTERS/Leah Millis)
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A reeleição de Trump corre perigo; ele rasgou o compromisso com eleitores; prometeu tirar os EUA das guerras e não conseguiu; caiu na armadilha de Israel e do Pentágono, senhor da guerra; recebeu dos judeus bilhões de dólares para sua eleição a fim de sair do acordo nuclear de 2015 e anular o Irã, como desejam os israelenses; não deu certo; o Irã se fortaleceu, ao aliar-se à China e Rússia, atraiu o Iraque e desbancou o Estado Islâmico terrorista, financiado por Washington; a arapuca de Trump para matar Suleimani, vitorioso ao derrotar os terroristas, apoiados pelos Estados Unidos, criou tensão global, rachou a Europa em relação à política externa americana e fortaleceu seus adversários: Rússia, China e, claro, Irã.

Lambança trumpiana federal.

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Agora, pressionado por todos os lados, o presidente americano, sem reconhecer que deu mancada ao sair do acordo de 2015, propõe novo acordo, que leva as mesmas coordenadas do acordo que abandonou, para satisfazer Israel e tentar fragilizar o Irã; os europeus e o Congresso americano pressionam pelo retorno dos termos do antigo acordo, para evitar escalada guerreira; o clima de instabilidade mundial decorrente da recaída de Trump nos braços dos generais da guerra, aliado de Israel, evidencia o titular da Casa Branca como traidor de compromisso com seu eleitorado.

Soma-se a isso a sua fragilidade relativa por estar enfrentando processo de impeachment, passível de levar outra punição, já que resolveu apertar o gatilho da guerra sem pedir autorização ao Congresso; o loirão está enroladíssimo; caiu no conto do vigário do seu amigo da onça, Benjamin Netanyahu; só quem o apoia, nesse momento, pelo que sabe, é Bolsonaro, que, com Trump desmoralizado, também, desmoraliza-se.

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Com sua base de apoio rachada, Washington, igualmente, está dividida; não há unidade entre os republicanos e os democratas aproveitam o novo calcanhar de Aquiles de Trump, para derrotá-lo nas urnas em outubro.

Europa apavorada

Os europeus temem, principalmente, uma ação estratégica de fechamento do estreito de Ormuz, pelo Irã, com apoio de China, Rússia, Irã, Venezuela etc; abalaria a economia mundial; desorganizaria as finanças globais e estremeceria o dólar como moeda de referência internacional.

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Haveria valorização das moedas dos países produtores de petróleo(Rússia, Irã, Arábia Saudita, Venezuela, México, Brasil, Canadá, Iraque etc), oxigênio do capitalismo, em relação ao dólar; sem garantia real, fragilizado pelo excesso de  derivativos de dólar, que circulam no mundo, tensionando implosão monetária, a moeda de Tio Sam, caso enfrente novo crash tipo 2008, entraria em bancarrota.

O fato é que os aliados de Washington, de repente, percebem-se vulneráveis, com a jogada geopolítica equivocada de Tump; a Europa é mais prejudicada; os Estados Unidos ainda se abastecem de petróleo no Canadá, no México, na Venezuela(em termos), no Brasíl, se a situação do Oriente Médio levar ao fechamento do mercado de petróleo; a Europa, porém, bloqueado, temporariamente, o estreito de Ormuz, que seja por uma semana, apenas, entraria em colapso; haveria interrupção da circulação de mercadorias no golfo pérsico e os preços explodiriam.

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Macron, França, e Merkel, Alemanha estão indignados com Trump; o maluco de Washington, ao cair no conto do vigário de Netanyahu, jogou o mundo em crise nuclear ao deixar o acordo de 2015; agora, expulso do Iraque pelo parlamento iraquiano, Trump pressiona a Europa a mandar soldados ao Oriente Médio, dar retaguarda aos americanos, alvos de bombas e misseis; quem se habilita a ficar ao lado de companhia dessa natureza?

Defesa furada

Além do mais ficou comprovado que o sistema de defesa de Tio Sam não é lá aquela brastemp; os patriots não conseguiram sequer interceptar os mísseis iranianos lançados pelos aiatolás na embaixada americana no Iraque, como retaliação pelo assassinado de Suleimani.

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Trump, politicamente, fragilizado, inverso do que ocorrera, até quando resistiu às armadilhas do Deep State e de Israel, transforma-se no estadista desastrado, do qual ninguém quer ficar por perto, para não ser prejudicado nas relações econômicas internacionais; só Bolsonaro se dispõe a tal tarefa ingrata.

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