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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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UDN 2022: moralismo ruim de voto e bom de golpe

É preciso muito contorcionismo retórico, mentiras mesmo, para descrever Lula como o equivalente de esquerda a Bolsonaro

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Ciro Gomes, Luiz Henrique Mandetta e Eduardo Leite debateram num evento do Centro de Liderança Pública em parceria com o jornal “O Estado de S. Paulo”, o impoluto “Estadão”. Sempre udenista, o jornalão faz das tripas coração para demonstrar que o Brasil estaria em sinuca ao ter que optar entre Lula e Bolsonaro em 2022. 

O candidato ideal para os históricos conservadores talvez seja uma mistura dos três debatedores, alguém que aglutine as qualidades apregoadas pelo jornal que, em 3 de abril de 1964, estampou em manchete: “Democratas dominam toda a Nação”.

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É preciso muito contorcionismo retórico, mentiras mesmo, para descrever Lula como o equivalente de esquerda a Bolsonaro. Ao contrário, não é necessário esforço para lembrar que o petista governou o país por oito anos e em nenhum momento emitiu uma palavra sequer em afronta à democracia e às instituições que lhe dão sustentação, reduziu a pobreza, ganhou respeito e admiração globais. Poderia ter obtido do Congresso carta branca para sua segunda reeleição, mas preferiu cumprir a Constituição.  Jamais sobrepôs sua preferência pessoal às indicações corporativas para a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal.

Interessante ver “Estadão” e Globo (jornal, canais de TV e rádio) a bater duro no governo Bolsonaro. Como mea culpa não lhes integra o dicionário, ambos não explicam por que trabalharam tanto para que a Lava Jato encarcerasse o ex-presidente, de posse de quem não se encontrou nenhum centavo advindo de corrupção. 

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Os arautos da terceira via – comentaristas tucanos e tucanas, na maioria, cada vez mais afeitos à velha UDN – sofrem de carência de nomes, portanto apegam-se a potenciais náufragos eleitorais. 

Ciro Gomes veste o moralismo de um Enéas – “meu nome é Ciro!”, logo bradará.  Mandetta é bolsonarista arrependido. Eduardo Leite flerta com o progressismo ao assumir-se gay, mas terá de dizer com que cara apoiou um candidato a presidente francamente homofóbico, como já lhe cobrou Jean Willys. O governador gaúcho, além disso, terá de brigar com seu congênere paulista, João Doria, dentro do ninho tucano.

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Sonho de consumo dos udenistas do Século XX I, Sérgio Moro está nos Estados Unidos a desfrutar daquilo que a Lava Jato lhe proporcionou – emprego muito bem remunerado fora do país e execração por seus pares da comunidade jurídica.

Depreende-se do cenário em tela que o udenismo, como sempre coberto pelo moralismo mais hipócrita, esforça-se para encontrar seu nome em 2022. Continuará esgoelando-se contra a corrupção – a dos outros – e urdindo golpes para compensar os votos que nunca teve.

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