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Alex Saratt

Alex Saratt, professor de História nas redes públicas municipal e estadual em Taquara/RS e dirigente sindical do Cpers/Sindicato.

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Um pacto em vez de frente?

Sendo a Frente Ampla um desenho de difícil consecução, poderia um Pacto Democrático ser factível e suficiente? Quais os riscos mais urgentes e que melhores soluções existem? O critério da confiança é confiável?

Unidade da esquerda: eixo da frente anti-bolsonaro (Foto: Paulo Pinto/ Agência PT)
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A involução política do Brasil aberta com o Golpe e elevada às alturas com a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro segue a passos largos para a destruição do arranjo político, jurídico e institucional criado com a Nova República. Não cabe aqui discutir seus pormenores, tampouco historicizar o passado - em quaisquer de suas durações – em profundidade. O enunciado propõe ponderar sobre um aspecto que talvez mereça atenção e represente uma espécie de solução de compromisso para enfrentar a maior das ameaças que vivemos: a de um golpe que instale uma ditadura abertamente fascista no país.

A proposição de uma Frente Ampla de Salvação Nacional encontra resistências e indisposições de toda ordem. Nada mais óbvio, posto que a própria Esquerda não consegue nem mesmo cimentar uma unidade entre si. Amplitude esbarra nesse porém e iniciativas outras configurariam a divisão do campo popular.

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Enfim, pensando alto, por que não estabelecer um movimento e ação que fique exclusivamente circunscrito à questão democrática?  Em vez de algo programático, pragmático? Livrar-se do entulho fascista como requisito para impedir a derrocada do que resta não interessa? Todos conhecemos os males do ultraliberalismo e sabemos que nesse item há maior proximidade entre a fração fascista e a liberal, mas o ponto em destaque desloca o debate para outro terreno – que nos interessa e nos favorece. Ou não?

O fato é que a ideia de pactos não é estranha na história das grandes lutas nacionais. Em 1984/85, foi por esse método que se deu fecho ao período ditatorial. A diferença fundamental está em perceber que há três décadas atrás o regime encontrava-se em descenso, ao passo que atualmente existe um ascenso do reacionarismo, do extremismo e do obscurantismo.

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A Política é volátil e volúvel e não costuma dar segundas chances. Explorar cada contradição no lado oposto é tarefa dos que se reivindicam democratas e alhures. Diante da inviabilidade de um constructo mais sólido e perspectivo, parece legítimo perseverar por caminhos menos auspiciosos, porém ainda razoáveis.

As flexões insinuadas tem muito a ver com a análise realista do quadro de forças e das cartas que estão postas sobre a mesa. Longe de idealizações ou declarações de intenções sobressalta a preocupação em lograr êxito na intrincada, complexa e obtusa luta em curso. Mais do vontades, rechaços e medos, convém pontuar a necessidade histórica como referência e rumo para a atuação política.

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Antes de respostas, perguntas. Sendo a Frente Ampla um desenho de difícil consecução, poderia um Pacto Democrático ser factível e suficiente? Quais os riscos mais urgentes e que melhores soluções existem? O critério da confiança é confiável? A dística “unidade e luta”, comumente usada na Esquerda, cabe num hipotético condomínio tão eclético e heterogêneo? Mil dúvidas, uma única certeza: é preciso derrotar o fascismo.

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