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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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Um rei do futebol não alienado e lutador contra os milicos sanguinários

O esporte, expressivamente o futebol, é braço de lucro do mercado composto pela mídia venal, pela indústria de artefatos esportivos, de jogadores comprados e vendidos como mercadorias. Uma das coordenadas do esporte como mercadoria de alto poder de consumo e de lucros, a alienação é fator absolutamente decisivo, tanto quanto imoral, indecente e desumanizante

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
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O meu amigo e ex militante da grande organização do revolucionário Carlos Marighela, médico Fausto Jaime,  me mandou esta pérola sobre a lealdade patriótica e democrática do grande jogador do Atlético Mineiro, Reinaldo.

O esporte, expressivamente o futebol, é braço de lucro do mercado composto pela mídia venal, pela indústria de artefatos esportivos, de jogadores comprados e vendidos como mercadorias.

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Uma das coordenadas do esporte como mercadoria de alto poder de consumo e de lucros, a alienação é fator absolutamente decisivo, tanto quanto imoral, indecente e desumanizante.

Ao agir sobre os jogadores para que  se “esqueçam” de suas origens  – na verdade, neguem suas raízes pobres e negras – extraindo deles qualquer traço de consciência de classe, de revolta com a injustiça econômica e social, que os afunda  e aos familiares na miséria e na ignorância, os fazendo amontoados de músculos, nervos e ossos a correr como máquinas robotizadas na formação do lucro nas mãos do mercado dos clubes e tudo o mais.

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Como alimentação da dinâmica robotizada das consciências dos grandes astros o mercado precisa injetar senso de idolatria e adoração aos jogadores. Na interface com as massas eles são fatores de alimentação da alienação brutal e narcotizante da própria classe trabalhadora, torcedora dividida entre os vários times e adoradora cega, surda e fanática de ídolos,  que são tratados como verdadeiros deuses fanatizantes, alienantes e manipuladores dos sentimentos e fragilização da resistência revolucionária, própria e da essência operária.

Tal processo de alta lesa humanidade usa descaradamente ídolos das massas. Nessa esteira Pelé cumpriu papel importante quando subiu à tribuna do Senado em pleno furor fascista da ditadura imperialista militar  nos anos 70 para afirmar que “o povo tem o governo que merece porque o brasileiro não sabe votar”. A genialidade do jogador se esfumaçou na burrice alienada e vazia de patriotismo, como verdadeiro boneco ventríloquo da ditadura e do fascismo.

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Assim foi usado o chamado “baixinho” Romário que, apesar de usar os votos do povo carioca para construir uma imagem como senador, é a negação insana e covarde do que demonstrou nos campos de futebol no Brasil e no mundo. Como senador é porta voz vergonhosa do atraso e do que de mais perverso se move no subterrâneo moral da sociedade brasileira.

Assim usou o voto para golpear o Brasil ao votar pela cassação do cargo da Presidenta Dilma. Serviu aos golpistas, ao neoliberalismo e fez de seu gabinete antro de escoamento da destruição do Brasil.

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Romário não deixa dúvidas da rasura e miséria de sua consciência ao se afirmar bolsonarista e pró genocídio. O Brasil era uma “merda” para ele com todos os programas sociais durante o governo Lula e respeito no mundo. Bom é agora com o festival de mentiras, de negação da ciência, das vacinas e da vida. A fome, a miséria, o desemprego e a devastação ambiental não são “merda” para Romário, o autômato do fascismo e da alienação.

O fenômeno de Galvão Bueno, portanto do mercado opressor e alienante, Ronaldo, negando suas origens faveladas e negras disse em pleno processo de golpe de Estado contra o Brasil em 2016 que “sentia vergonha do meu país”. Ronaldo não se envergonhou, no entanto,  de posar ao de Aécio do Pó Neves nem de apoiar sua campanha neoliberal e narcotráfega.

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Na mesma linha se move  Neymar com seus brincos em ouro de alto quilate. O “gênio” da bola nada mais é do que um inflável pelo dinheiro dos lucros, a serviço do que há de pior e maléfico ao Brasil e aos cegos e surdos fanáticos de sua claque. É só “darmos um Google” para vermos as incontáveis fotos do jogador da seleção ao lado de sua excrescência miliciana genocida Jair Bolsonaro. No processo de alienação da classe trabalhadora não importa a Neymar o vazio de nacionalismo real, patriótico e libertário. O valor moral dele atua no quanto menos impostos pagar, melhor. É excelente ator no palco do adoecimento ideológico, político e cidadão do povo brasileiro.  

Como recordei na carta à querida Carol Solberg, já desde sua mãe, sem aceitar jamais a covardia de negar suas origens e compromissos ideológicos, pelo contrário, joga com as mãos como atleta do vôlei, mas milita com a consciência patriótica ao denunciar o genocídio de que sofre nosso país. “A gente completou 600 mil mortes por Covid. A gente tem um presidente defendendo tratamento precoce nessa altura do campeonato. Isso é muito sério. Me dói muito ver o Brasil representado por isso.

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Eu fico muito triste, O Brasil para mim é um país maravilhoso. Eu tenho maior orgulho de tanta coisa que o Brasil representa.

Mas me dói muito ver esse momento, sabe? Eu sou atleta, adoro estar aqui jogando, mas eu não entro em quadra e fico alheia a tudo que está acontecendo.

Então me dói muito. Eu estou aqui como cidadã, como atleta.

Esse é um momento muito duro’, completou a linda mulher jogadora e patriota.

Viltando ao texto “O Rei contra os ditadores”, do professor Joel Paviotti,  in: “Iconografia da História”, me enviado pelo doutro Fausto, vê-se a grandeza história e patriótica de Reinaldo, que não se curvou aos sanguinários covardes, generais açougueiros de seres humanos e traidores.

“Reinaldo comemorava gols com o braço levantado em riste, com punhos cerrados. Gesto atribuído ao símbolo internacional de luta por direitos humanos e sociais e incorporado à luta antirracista com os Panteras Negras”, conta-nos o professor Joel Paviotti.

“Durante o ano de 1978, a pressão pela convocação de Reinaldo era reprovada pelos generais brasileiros que, na época, o consideravam de esquerda e subversivo”.

Como gorilas invadindo monstruosamente todos os espaços nacionais, a seleção brasileira não escapou na influência maléfica de cartolas em 50% membros do Exército. Mesmo assim, comprovando a força que há na pressão popular, pena que não reconhecida pelo próprio povo, os gorilas renderam-se incluindo o jogador nos quadros Canarinhos.  

“Durante os últimos jogos da seleção em território nacional, o presidente do Brasil, General Geisel, chamou Reinaldo para uma conversa e “recomendou” que se ele fizesse gol, não se atrevesse a comemorar como sempre fazia, pois aquela comemoração era coisa de comunista”, nos conta o professor Joel.

 “O jogo de estreia do Brasil foi contra a Suécia. Reinaldo e Zico estavam jogando muito. Reinaldo, então, fez um gol e, após segundos de hesitação, soltou o gesto dos Black Panthers”, apesar da recomendação do gorila Geisel e no país sangrado pelo mais cruel e sanguinária de Rafael Videla, que foi condenado pela justiça argentina como torturador e assassino.

Evidentemente que Reinaldo nunca mais jogou na Seleção. Porém, o talento esportivo não funcionava nele como fator de alienação e de ignorância da realidade do seu povo no Brasil e dos povos na América Latina.  

Como um Pantera Negra, Reinaldo acabou por revelar o maior esquema sanguinário que sangrava e martirizava com desparecimentos, torturas, prisões e mortes de combatentes pela “Operação Condor”.

Isso se deu com um relatório que lhe caiu às mãos quando na chegada no hotel em Buenos Aires depois do jogo. Quem lhe entregou o envelope, revelando toda a mecânico do terror, o fez em virtude da honra e da coragem de um homem realmente comprometido com o seu povo e com os direitos humanos.

Sem conseguir entender as denúncias em espanhol, Reinaldo buscou quem o sabia e o desvelamento dos crimes contra a humanidade na América Latina e, graças à “desobediência” ao ditador Ernesto Geisel, o gesto revolucionário chamou a atenção de quem lhe enviou o documento, levando os generais do imperialismo ao desgaste e à demonstração do uso que faziam dos governos para matar e destruir a América Latina.

Reinaldo não era um amontoado de músculos, neurônios orgânicos, ossos e nervos a serviço da alienação e da traição ao seu povo, mas um grande atleta que servia a humanidade.

Reinado nos inspira à luta sendo combativos e revolucionários em quaisquer atividades, principalmente as que envolvem milhares e milhões de pessoas.

Vivaa Reinaldo! Viva o povo brasileiro!

Obrigado meu amigo doutro Fauto Jaime!

Abraços proféticos e revolucionários,

Dom Orvandil

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