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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB

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Um sonho kantiano de paz

A estranha eleição de 2018 não produziu apenas um Bolsonaro, mas uma legião deles que se encastelaram nos cargos do Congresso, do Executivo, do Judiciário e de outras instituições do Estado, por processos odiosos de nepotismo.

(Foto: Reuters)
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Eu tive um sonho. Como Luther King, sonhei com um mundo de prosperidade e paz perpétua kantiana, governado por homens sábios escolhidos por uma combinação complexa de democracia e meritocracia. Contraditoriamente, esse novo mundo sucederia a um ataque “preventivo” de Donald Trump à Coreia do Norte, que revidaria lançando um míssil atômico sobre uma ilha do Pacífico colonizada pelos Estados Unidos. Entretanto, por caminhos paradoxais que não consigo lembrar do meu sonho, a guerra nuclear total seria evitada.

Claro, as forças pacificadores de todas as partes do mundo, dos Estados Unidos à Europa, da Rússia ao Oriente Médico, da África à América Latina, todas elas tomariam consciência do risco de destruição do mundo ou, ao menos, da civilização que conhecemos. A pressão mundial por uma solução conciliadora seria exercida no início, acima de tudo sobre Donald Trump, que provavelmente perderia o cargo por exigência das Forças Armadas, conscientes de sua inutilidade absoluta na era nuclear. A Coréia do Norte seria fortemente castigada pelos aliados russos e chineses devido a sua temeridade. A ditadura coreana cairia. Então seria estabelecido, em regime de urgência, o protocolo inicial de um acordo para eliminação total das armas nucleares e de destruição em massa. Via-se claramente, no sonho, que o sucesso da iniciativa dependeria exclusivamente de Trump ou de seu sucessor, pois tanto Vladmir Putin como Xi Jiping já declararam seu interesse num acordo nuclear, assim como o Conselho Supremo do Irã e o ditador de Piongiang. Bastaria fazer progredir a negociação do acordo para o estabelecimento de um sistema de paz perpétua. Diz o Deuteronômio: A Paz é fruto da Justiça e a tranqüilidade se funda no Direito. Isso significa que um acordo mundial de paz, colocando o poder atômico mundial sob controle de um conselho de sábios, teria de ser precedido por um novo compromisso de prosperidade dos povos. O New Deal que os Estados Unidos fizeram apenas para si no século passado seria estendido a todo o mundo em desenvolvimento. Na transição, também seria estendido a todos os países, inclusive e principalmente os Estados Unidos, o regime parlamentarista, para tirar do presidente a prerrogativa de destruir o mundo a partir da soberba individual. Vi também, em sonho, o possível destino do Brasil. Bolsonaro seria afastado do cargo por ter colocado o Brasil, irresponsavelmente, na linha de tiro dos muçulmanos. Toda a sua equipe rolaria, principalmente Paulo Guedes, o discípulo do ditador Pinochet que ganhou o mais importante cargo da República manipulando uma ideologia infame, destruidora de vidas inocentes no mundo todo, o neoliberalismo. Entretanto, o de que mais gostei nesse sonho foi ver o Brasil, restaurado em sua honra internacional, ajudando no processo de paz mundial. 

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A estranha eleição de 2018 não produziu apenas um Bolsonaro, mas uma legião deles que se encastelaram nos cargos do Congresso, do Executivo, do Judiciário e de outras instituições do Estado, por processos odiosos de nepotismo. Com a liquidação de todo o Governo Bolsonaro e a limpeza das instituições corrompidas pelo ódio, seria possível começar um acordo de paz entre os brasileiros, sob o signo do amor, a começar por uma oferta a Lula de indulto ou de um julgamento realmente justo, fora das garras da Lava Jato. 

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