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Túlio Ribeiro

Economista, pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História social e doutorando em Desenvolvimento Estratégico pela UBV de Caracas. Autor do livro A Política de Estado sobre os recursos do petróleo, o caso venezuelano (2016). Autor participante do livro A Integração da América latina: A História, Economia e Direito (2013)

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Uma globalização para permitir sanções aos adversários

As tensões criadas pelos Estados Unidos frente a países emergentes visam pressionar os novos líderes na questão econômica, política e militar. O objetivo é impedir mudanças que se aclaram

As tensões criadas pelos Estados Unidos frente a países emergentes visam pressionar os novos líderes na questão econômica, política e militar. O objetivo é impedir mudanças que se aclaram (Foto: Túlio Ribeiro)
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As tensões criadas pelos Estados Unidos frente a países emergentes visam pressionar os novos líderes na questão econômica, política e militar. O objetivo é impedir mudanças que se aclaram.

O Departamento de comércio dos EUA decidiu tomar medida de represaria contra produtos chineses e indianos. O argumento é de reduzir o déficit da balança entre os países.

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No comunicado(17/1/18) o governo do presidente Donald Trump declara estar majorando a tributação dos flandes para 175% no caso chinês e implantando um intervalo entre 5% e 240% para os indianos. As fibras de poliéster serão taxadas desde 38% até 47,5% para os chineses e de 13,4% até 27,4% para produzidos na Índia, culpando sempre a aceleração do superavit dos asiáticos em questão.

Mantendo o discurso de ameaça, o Departamento ainda determinou o início de investigação contra a concorrência"desleal e subsídios injustos", em outros setores como o de plásticos, demostrando seu caráter protecionista. Segundo a instituição, " Washington continua agir em nome da indústria dos EUA, para defender empresas, trabalhadores e comunidades afetadas negativamente pelas importações injustas."

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Do prisma da observação , em realidade as sanções por parte dos EUA e União Europeia deixaram de ser uma ferramenta de defesa para passar ao campo de ataque contra países e economias que possam alterar o modelo de acumulação financeira, bem como mudar correlação de forças na geopolítica mundial.

O mundo que já tem três potências mundiais na política, EUA, China e Rússia; percebe via o recente estudo do Centro de Investigações Econômicas e Empresariais (CIEE) a chegada de novos líderes na seara econômica. Em 2018 , a Índia vai superar nações tradicionais como França e Inglaterra chegando ao quinta lugar em produto interno bruto. Em 2032, será a vez da China desbancar os EUA como maior PIB do planeta, e trazendo junto a Índia para terceiro posto.

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A globalização, tantas vezes exaltada como caminho de benefício mutuo aos povos, traz intrinsecamente a dependência dos mercados aos conglomerados estadunidense e europeu.Deste modo vem possibilitando a utilização de sanções, como modo de aprofundar a dominação mantendo EUA e União Europeia como seus maestros. A utilização destes chegou a prejudicar 60 países, mas por outro lado o uso demasiado permitiu construção de blocos de oposição a estas lideranças.

As sanções , mesmo que travestidas de razões como direitos humanos ou defesa da democracia, são efetivamente armas de uma guerra não convencional.Entrementes , nações nucleares como a China, Rússia e índia, munidas de uma cadeia produtiva diversificada, intensiva em capital e tecnologia não podem ser mais aprisionadas por um Departamento de Estado dos EUA. O mundo é cada vez mais multipolar, mesmo para aqueles que aparentemente se negam admitir.

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