Uma lata velha de porcelana da dinastia ming

Ao que tudo indica a lâmpada de Aladim continua na cristaleira da Globo, esperando que alguém a esfregue revelando o novo gênio que irá realizar os desejos da população. O gênio da hora é o famoso e milionário apresentador Luciano Huck, que faz de seu abominável programa na televisão trampolim para a política. Através de merchandisings muito bem pagos, Luciano tripudia da miséria para fazer assistencialismo e enriquecer.

Outros coronéis de auditório já tentaram flertar com a política, como o apresentador Silvio Santos, em 1989. Não concorreu à presidência naquela ocasião, mas foi e é ativo politicamente, como no apoio à ditadura militar e ao governo fascista de Bolsonaro. Além de humilhar suas ‘colegas de trabalho’ e tratar seus convidados com agressões machistas e homofóbicas, Abravanel se envolveu em um escândalo financeiro com o banco Panamericano do Grupo Silvio Santos.

Apresentador do quadro ‘lata velha’, Huck foi condenado por crime ambiental ao construir mansão em área de preservação em Angra dos Reis. A autorização para que a mansão fosse construída veio do ex-governador Sérgio Cabral. À época, Huck era representado pelo escritório de direito do qual era sócia a ex-primeira-dama do Rio, Adriana Ancelmo Cabral.

Luciano também ficou famoso por apagar fotos nas redes sociais ao lado de figuras envolvidas em escândalos e crimes. Apagou fotos que mantinha no Instagram ao lado de Aécio Neves e Joesley Batista, a quem vendeu uma casa na Ilha das Palmeiras, em Angra.

A elite se prepara para as eleições de 2022, corteja seus candidatos ricos e brancos, aplaude chacinas em favelas, financia retiradas de direitos básicos, intensifica a perseguição a partidos e pessoas integrados aos movimentos populares capazes de trazer de volta o que tem ficado pelo caminho. Huck é mais um demagogo, um abutre de alta envergadura que vem para enganar a plateia com atrações requentadas do circo dos horrores.