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Igor Corrêa Pereira

Igor Corrêa Pereira é técnico em assuntos educacionais e mestrando em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro da direção estadual da CTB do Rio Grande do Sul.

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União pelo que importa

Que as forças vivas da sociedade entrem nesse consenso, é possível se houver consenso. O palanque virtual das centrais sindicais que unirão dia 1º de maio Lula, FHC, Rodrigo Maia, Alcolumbre, Flavio Dino, Dias Toffoli e Ciro Gomes parece apontar nesse sentido. É uma frente ampla pela salvação nacional.

(Foto: Alan Santos/PR | Mídia Ninja)
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Pesquisa de opinião feita depois da demissão de Sérgio Moro revela que 58% dos respondentes acreditam que o presidente Jair Bolsonaro renunciará ou sofrerá o processo de impeachment. O governo federal colhe as tempestades que semeou com suas ações desastrosas, em um dos momentos mais trágicos e sofridos da história do país. A única pauta do momento deveria ser como enfrentar a pandemia, mas o governo consegue emplacar pelo menos um grande escândalo por semana para sombrear essa prioridade. 

A prioridade deveria ser a criação de políticas públicas que permitam o maior número possível de pessoas ficar em casa. O isolamento social não é só uma questão de vontade ou de acesso a informação correta. Para desempregados, autônomos, informais, como ficar em casa sem ter como pagar as contas? Para pequenos e médios empresários, que dependem unicamente da receita de seus negócios, como parar? O que o Estado tem feito quanto a isso? O auxílio emergencial é o suficiente, tem chegado a todos? Esse deveria ser o foco, mas o presidente tem outras prioridades, e a única resposta que dá a essa questão é "voltem a trabalhar e se arrisquem a morte, é só uma gripezinha mesmo". 

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Existem 13,6 milhões de habitantes nas favelas do país segundo a Central única das Favelas (CUFA). Dos trabalhadores das favelas, 82% tiveram queda de renda após a pandemia. O que fazer a esse respeito? E quanto aos 12 milhões de desempregados? Quem recebe a última parcela do seguro desemprego nesse mês ou no outro, não vai ser prorrogado? Incapaz de dar resposta a isso, o presidente reforça o sentimento de “salve-se quem puder” enquanto uma chuva de escândalos inunda seu mandato. 

Se os tempos não fossem de calamidade pública, uma crise política no governo federal já seria grave. Mas com essa situação de profunda emergência, esse pesadelo implica na morte em massa. O Brasil é muito maior que seu presidente, tem lutado bravamente graças a um sistema de saúde pública composto por profissionais valorosos, governos estaduais com senso de responsabilidade, e inúmeras ações mais ou menos visíveis de solidariedade que vão se multiplicando pela sociedade civil.  

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Mas a ação do executivo federal dificulta, atrapalha. Enquanto notáveis neoliberais como o presidente da França Macron afirmam publicamente que esse receituário é falho para combater a pandemia, o super ministro da Economia de Bolsonaro continua defendendo austeridade fiscal, expressão bonita que significa “nenhum dinheiro a mais para saúde, políticas de geração de emprego e estímulo a economia produtiva”. O governo chega ao disparate de anunciar um programa de aceleração da economia para logo depois dizer que não tem dinheiro para o projeto!

A gravidade da situação exige respostas a altura. O presidente precisa ser afastado, pelo bem do país. Que as forças vivas da sociedade entrem nesse consenso, é possível se houver consenso. O palanque virtual das centrais sindicais que unirão dia 1º de maio Lula, FHC, Rodrigo Maia, Alcolumbre, Flavio Dino, Dias Toffoli e Ciro Gomes parece apontar nesse sentido. É uma frente ampla pela salvação nacional. O presidente precisa ser afastado rápido para que a pauta retorne ao que realmente importa: cuidar das pessoas. 

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