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Leonardo Attuch

Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247.

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Vai sobrar alguém de pé na política?

Queda do terceiro ministro e o temor de novas delações podem criar o consenso pela reforma política

Queda do terceiro ministro e o temor de novas delações podem criar o consenso pela reforma política (Foto: Leonardo Attuch)
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Em pouco mais de um mês de interinidade, o governo de Michel Temer perdeu seu terceiro ministro, com a saída de Henrique Eduardo Alves, do Turismo. O motivo, o mesmo de sempre: a Lava Jato, que já havia abatido Romero Jucá e Fabiano Silveira. Neste caso mais recente, a razão foi a delação de Sergio Machado, da Transpetro, e a expectativa do que pode vir a aparecer nas megadelações das empreiteiras Odebrecht e OAS. Como Alves foi candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 2014, sua campanha, na certa, foi irrigada com o dinheiro farto das empreiteiras.

Com a delação de Machado, praticamente todos os partidos foram atingidos – do PCdoB ao DEM, passando, claro, por PT, PMDB e PSDB. Isso revela que é chegada a hora de se fazer a reforma política e acabar com a hipocrisia que tem dominado as discussões políticas no Brasil. É certo que os maiores estragos foram causados aos peemedebistas, acusados de arrecadar mais de R$ 100 milhões em propinas, apenas na Transpetro. Mas o fato é que Machado envolveu 23 políticos de oito partidos e disse que o esquema ilícito de financiamento de campanha no Brasil existe desde 1946.

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Esse arco multipartidário de contaminação deveria unir as forças democráticas em torno da reforma política, sem discursos de mocinhos versus bandidos. Se Temer foi atingido pela acusação que envolve a campanha de Gabriel Chalita em 2012, e, em seguida, afirmou que as acusações são "levianas" e "mentirosas", o momento, agora, exige que se vá além dos discursos. O ponto central: que reforma política Temer propõe para o Brasil? A mesma pergunta deve ser dirigida à presidente afastada Dilma Rousseff e a líderes da oposição, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-MG), bem como ao governador Geraldo Alckmin, todos presidenciáveis.

Com o avanço da Lava Jato, um dos caminhos é se esconder e torcer para que apenas os adversários sejam atingidos pelo tsunami. No entanto, como todas as forças políticas vêm sendo varridas, há a esperança de que, agora, possa haver alguma disposição para o diálogo e a criação de pontos de consenso. Caso contrário, não sobrarão lideranças tradicionais de pé e o Brasil se verá diante do imponderável nas próximas eleições, sejam elas antecipadas ou não.

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