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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Vantagem de 4 pontos pode ser de apenas 1

"Numa disputa renhida como essa, esses 3% fazem toda a diferença", diz Alex Solnik

Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
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Bolsonaro não foi o único candidato da extrema-direita a ter mais votos nas urnas do que indicavam as pesquisas de intenção de voto da véspera. 

O mesmo ocorreu com o candidato ao Senado por São Paulo, Marcos Pontes, que estava em segundo lugar, atrás de Márcio França; com o candidato a governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, também atrás de Haddad; com a candidata ao Senado pelo DF, Damares Alves e com 0 candidato ao governo do Rio, Cláudio Castro, que levou no primeiro turno. Para citar os casos mais notórios.

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Esses resultados parecem corroborar a tese de Clifford Young, publicada hoje, na Folha, em matéria assinada por Naief Haddad. 

Segundo Young, que é professor de análise da opinião pública na Universidade John Hopkins e presidente do instituto de pesquisas Ipsos nos Estados Unidos, “existe um tipo de eleitor que está presente no Brasil e também nos Estados Unidos e na Europa. Em geral, homem e de classe média baixa. Ele perdeu a esperança no sistema e quer quebrá-lo. Para esse eleitor, é melhor explodir tudo e começar do zero”.

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Esse eleitor antissistema, que, no Brasil, é Bolsonaro, nos Estados Unidos é Trump e na França é Marine Le Pen, se recusa a responder às pesquisas porque não acredita nelas. E então sua intenção de voto entra no cômputo do “não respondeu”. Só que, na urna, ele vota no candidato da extrema-direita.

Tais eleitores representam, no Brasil, 3% do eleitorado, segundo as contas de Young, que já foi presidente da Ipsos no Brasil e há 20 anos acompanha o processo eleitoral brasileiro.

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Numa disputa renhida como essa, esses 3% fazem toda a diferença. 

Se as pesquisas, como a da Datafolha, dão vantagem de quatro pontos percentuais para Lula, ela pode ser, na realidade, de um ponto apenas. Com margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.

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E assim por diante.

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