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Rogério Maestri

Engenheiro e professor na UFRGS

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Veganismo, Israel e o Agronegócio Brasileiro

Citei o surto de veganos que aparecem nas redes, de todas as cores políticas, pois pode parecer uma teoria da conspiração, mas o surto desses religiosos está parecendo uma grande preparação para comermos algo que parece carne mas que dependerá da tecnologia empregada

(Foto: Reprodução (Youtube))
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O Brasil por não conhecer sua história em que a realidade dos fatos é escondida por descrições fantásticas, termina sempre repetindo os mesmos erros. Borracha, cacau e agora a carne terminam sempre no mesmo destino, o fim dos “ciclos econômicos”. 

Na cidade de Rehovot, em Israel, a empresa Future Meats começou timidamente a produzir a “carne sintética”, por enquanto a produção é quase artesanal; são 5.000 hambúrgueres por dia, mas como dizem os fabricantes, o processo pode ser replicado facilmente e a escala pode atingir dimensões planetárias em menos de meia década. 

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Bill Gates já disse que em breve o primeiro mundo comerá na sua maioria essa “maravilha tecnológica”. Tanto o grande monopolista da Microsoft como os produtores dessa “carne sintética” gasta por quilo de produto 2% de água e emitem 80% menos CO2 que a produção de carne. Segundo a imprensa internacional mais de 50 companhias de biotecnologia já conseguiram levantar mais de 600 milhões de dólares em financiamento para produzir essas “carnes sintéticas”. 

Mas o que significa isso em termos econômicos no Brasil, significa que em pouco tempo, talvez menos de uma década, passaremos de produtor de carne a importador e a quantidade de royalties que pagaremos superará em breve os “lucros com o agro-pop”. 

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Provavelmente essas carnes que serão produzidas a partir de algum componente orgânico, que poderá ser alguma alga, outro vegetal ou até excrementos animais, serão vendidas em nossos supermercados com o selo de ecologicamente correto. 

Mas não é o selo do ecologicamente correto que será a principal propaganda, será a propaganda da religião vegana apoiada por influenciadores digitais que sub-repticiamente criminalizarão os consumidores de carnes animais, ou seja, para comer um bife ou o produto animal proveniente da terra ou dos mares teremos que fritar escondidos de toda a família e comer da mesma forma que um utilizador das drogas “ilícitas” satisfazem suas necessidades. 

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Como a criatividade dos produtores de ficção científica é muito grande, ao ouvir essa história da “carne sintética” lembro do filme Soylent Green, de 1973, traduzido idiotamente por “À Beira do Fim”, que revela muito sobre qual será a origem dessa “maravilha da biotecnologia” para as classes mais pobres da população do nosso mundo do futuro. 

Falei em classes mais pobres pois provavelmente esses fabricantes de carne sintética terão diversos produtos e diversas formas de apresentação e, se no início procurarão fazer o produto mais próximo possível do que os produtos naturais, depois de nos acostumar, começarão as variações sempre na direção do menor custo. 

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Citei o surto de veganos que aparecem nas redes, de todas as cores políticas, pois pode parecer uma teoria da conspiração, mas o surto desses religiosos está parecendo uma grande preparação para comermos algo que parece carne mas que dependerá da tecnologia empregada. 

Chamo também atenção que mais uma vez entraremos no ocaso de mais um ciclo de produtos primários, açúcar, café, cacau e agora o agro-pop e o mais enigmático que a produção comece exatamente em Israel, o país predileto do presidente que diz apoiar os ruralistas. Ou seja, perdemos a biodiversidade de nossas florestas para produzir gado e ficaremos com um novo serrado indo até o rio Amazonas.

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