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Dimas Roque

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Vender a Chesf é privatizar o rio São Francisco

É esse patrimônio que o presidente Michel Temer, com só 3% de aprovação, quer passar para frente. A venda da Chesf, subsidiária do setor Eletrobrás, é o início da privatização do rio que sustenta boa parte da nação brasileira

É esse patrimônio que o presidente Michel Temer, com só 3% de aprovação, quer passar para frente. A venda da Chesf, subsidiária do setor Eletrobrás, é o início da privatização do rio que sustenta boa parte da nação brasileira (Foto: Dimas Roque)
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Quando se pensa em privatização, venda do patrimônio público a empresas estrangeiras, logo nos faz lembrar da era FHC. Foi durante o seu governo que várias empresas brasileiras foram vendidas, literalmente, a preso de banana aos "amigos" e como o nosso próprio dinheiro.

Pois agora, com Temer, a receita da venda das estatais retornou com força.

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Vajamos o caso da Chesf – Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Um símbolo de prosperidade para o Nordeste e que agora, está na mira de ser vendida.

A empresa trabalha com a produção de eletricidade. Ela usa as águas do Rio São Francisco para este fim. E é conhecido como o "rio da integração nacional". Esse título se dá ao fato de suas nascentes começarem no estado de Minas Gerais, mais precisamente na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas e deságua no mar, entre os estado de Alagoas e Sergipe. Como diria o Paulo Henrique Amorim, "é uma maravilha".

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Pois bem! É esse patrimônio que o presidente Michel Temer, com só 3% de aprovação, quer passar para frente. A venda da Chesf, subsidiária do setor Eletrobrás, é o início da privatização do rio que sustenta boa parte da nação brasileira. Com pressa, o governo anuncia que já no primeiro semestre de 2018, venderá todas que forem ligadas ao sistema Eletrobrás.
E para tristeza dos nordestinos, é um, o ministro das minas e energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, quem está querendo vender esse patrimônio. Ele já comercializou o Présal, acabando com a possibilidade do Brasil vir a ser autossuficiente no petróleo e seus derivados. Agora no caso do sistema elétrico, o governo diz que nem de autorização do congresso precisaria para vender. Ou seja, vai ser da forma que eles acharem melhor.

Enquanto isso, é com tristeza que vejo a mobilização dos eletricitários na defesa da Chesf. As "manifestações" são acanhadas. Realizadas em salas com ar-condicionados de Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. Elas não empolgam a população como um todo. Está faltando, por parte deles, a convocação do povo para ir às ruas em defesa do patrimônio público brasileiro, dos empregos e do rio São Francisco.

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A história da Chesf se confunde com o desenvolvimento do Nordeste. Vender a Chesf, que distribuí energia para oito estados da região, é trair de morte seu povo. É querer apagar o esforço que foi feito de uma região em busca do seu desenvolvimento. Como bem falaram na canção, Luiz Gonzaga e Zédantas: "Delmiro deu a ideia. Apolônio Aproveitô. Getúlio fez o decreto. E Dutra realizô. O presidente Café. A usina inaugurô. E graças a esse feito. De homens que tem valô. Meu Paulo Afonso foi. Sonho, que já se concretizô".

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