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Violência nas manifestações é fruto da repressão de Estado

O clima de violência que se instalou no país é responsabilidade da política de segurança que utiliza repressão policial brutal contra o protesto popular

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O clima de violência que se instalou no país é responsabilidade da política de segurança que utiliza repressão policial brutal contra o protesto popular.

Isso desencadeou a revolta de junho: a repressão à passeata do dia 13 de junho em São Paulo.

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No segundo semestre, entretanto, a mídia e a classe dominante se esmeraram em tentar passar uma versão de que a violência vinha principalmente dos chamados "vândalos" e não da polícia.

Diferente dos atos de massa em junho, as passeatas ficaram menores e mais violentas, predominando a tática chamada de black-bloc.

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Quando começaram as ações black block, o PSTU foi o primeiro em alertar que essa ações poderiam ser um empecilho para a ampliação e massificação dos protestos. Não só por realizar ações não aprovadas por nenhuma instância coletiva, abrindo espaço para o aventureirismo individualista e a pura provocação, como por transformar uma justa indignação com a violência da repressão policial (além dos mutilados por balas de borracha, já morreram diversas pessoas, por gás lacrimogêneo, queda de viadutos, etc), numa reação que utiliza não a autodefesa de massas, mas ações isoladas e irresponsáveis. Na Grécia, por exemplo, as ações desse tipo dos black blocks anarquistas desse país, durante a greve geral em maio de 2010, provocaram a morte de três pessoas quando uma agência bancária foi incendiada por um coquetel molotov. O movimento social daquele país teve um retrocesso naquele momento.

É evidente a diferença de tratamento pela imprensa dos mortos pela repressão policial (quem sabe que um senhor morreu atropelado nessa mesma manifestação em que o cinegrafista foi atingido?, quem viu os familiares da gari sufocada por gás em Belém ou do ativista Fernandão falando na TV, também morto por gás no RJ?) em relação ao caso do Santiago, que merece toda a solidariedade.

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Também é diferente tiros e bombas dados diretamente contra manifestantes do que um rojão atirado a esmo de forma irresponsável, de forma semelhante a que torcidas de futebol já fizeram (lembremos do garoto boliviano no estádio de Oruro).

Mas, o que se trata é de como ampliar ao máximo a mobilização e de como demonstrar que a violência maior provém do Estado e de uma polícia militarizada. Nesse sentido, minha opinião é de que o movimento de denúncia dos gastos da Copa e de reivindicações deve buscar ao máximo as ações pacíficas, não por defender qualquer pacifismo em abstrato, mas porque a caracterização de não violência ganha muito mais a opinião pública, especialmente a da classe trabalhadora e confere maior legitimidade ao protesto, especialmente na situação em que ele é reprimido.

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Texto publicado originalmente no Facebook

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