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Reginaldo Lopes

Economista e deputado federal pelo PT/MG

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Vitória da democracia

O ministro Lewandowski cria não apenas um fato jurídico da mais alta importância, mas, sobretudo, um fato político relevante, no sentido de agir contra a injustiça contra Lula

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A decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski, favorável ao acesso da defesa do ex-presidente Lula às informações trocadas entre autoridades, que foram hackearadas e já periciadas, é importante para o resgate da democracia brasileira. Tais informações constam nas investigações realizadas pela Operação Spoofing, deflagrada em julho de 2019, que buscou desarticular organização criminosa de crimes cibernéticos. O ex-presidente saiu prejudicado ao ser alvo de comentário de autoridades, flagradas pelos hackers. Como ele, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Davi Alcolumbre, do Senado, também foram alvos, assim como o presidente da República.

A autorização servirá para basilar o posicionamento da defesa e o próprio andamento dos processos contra Lula, que terá acesso a diálogos entre Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e integrantes da Lava-Jato, conspirando para montar processo forjado para a condenação do ex-presidente, com o objetivo de barrar sua candidatura à Presidência, em 2018, como revelou o site The Intercept Brasil.

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As delações e “provas” falsas, sem comprovação em documentos devidamente registrados em cartórios, mudaram a história de uma eleição e do Brasil. A armação jurídica denunciada, não, apenas, por juristas de renome nacional e internacional, motivará o STF a votar pela suspeição de Moro.

O resultado da manobra do ex-juiz favoreceu a candidatura vitoriosa de Bolsonaro, livrando-o de disputar contra seu maior adversário, como denotavam pesquisas de opinião, durante campanha eleitoral, dando Lula como franco favorito para vencer o pleito. Como compensação pelo trabalho realizado, Bolsonaro indicou Moro para o Ministério da Justiça, onde disse ter sido boicotado pelo próprio presidente, temeroso de que seu ministro fizesse sombra a sua reeleição em 2022.

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O fato é que, diante das evidências, que não podem mais ser desmentidas, o ministro Gilmar Mendes, da segunda turma do STF, já antecipa colocação da suspeição de Moro como principal assunto a ser votado pela Suprema Corte, no início de 2022. As consequências dessa iniciativa influirão na opinião pública para rediscussão sobre o verdadeiro papel da Operação Lava-Jato, que se desvirtuou de seus propósitos iniciais para entrar na esfera política eleitoral, com consequências não só políticas, mas, sobretudo, econômicas.

O ministro Lewandowski cria não apenas um fato jurídico da mais alta importância, mas, sobretudo, um fato político relevante, no sentido de agir contra a injustiça contra Lula, que está fazendo o Brasil pagar um preço muito caro, penando na mão de um presidente irresponsável.

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