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Ricardo Bruno

Jornalista político, apresentador do programa Jogo do Poder (Rio) e ex-secretário de comunicação do Estado do Rio

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Voto de Freixo contra a PEC 5 é a segunda prisão ilegal de Lula

"Freixo espera que o PT apoie a sua candidatura ao governo do Rio no ano que vem, e pelo menos até ontem era dado como provável que uma parte do partido defenderia esta aliança. Agora, o pré-candidato do PSB precisa explicar ao PT por que tomou atitude tão insólita. Ao PT e, se tiver condições, ao próprio Lula", escreve Ricardo Bruno

Marcelo Freixo e Lula (Foto: Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert)
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O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) está devendo aos seus futuros eleitores uma explicação sobre o voto que deu ontem, no plenário da Câmara, contra a PEC n° 5. Pela maneira como agiu, aliando-se com seu voto a procuradores desonestos e a juízes facciosos e partidarizados, o que Freixo fez, moralmente, foi absolver a Lava Jato de todas as barbaridades que comprovadamente cometeu, e oferecer proteção a todos os abusos que têm sido cometidos pelo ministério público, que está isento de qualquer questionamento pela sociedade civil.

A PEC ampliava o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) com o objetivo de reduzir o excessivo de corporativismo da instituição que, embora tenha o dever de coibir abusos cometidos por procuradores, exerce esta função com má vontade e apenas excepcionalmente.

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Muitos procuradores, sobretudo muitos procuradores da República, atuam com absoluta impunidade, não se sentem na obrigação de prestar contas à sociedade, e conquistaram superpoderes que os eximem de zelar pelo amplo direito de defesa e o contraditório em suas investigações.

Foi graças ao privilégio de não precisar prestar contas de suas ações à sociedade que o MP sustentou, em conluio com o então juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e Marcelo Bretas, no Rio, investigações carregadas de ilegalidades e abusos processuais, em desrespeito ao direito de defesa dos acusados e em aliança espúria com a mídia, que apoiava os excessos e fazia uso de vazamentos ilegais para atuar como instância condenatória prévia.

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Um dos resultados mais notórios e escandalosos da impunidade do ministério público é a condenação sem provas e a prisão ilegal de Luiz Inácio Lula da Silva por 580 dias, só hoje reparada, graças à atuação da imprensa independente, com as denúncias da Vaza Jato, e do Supremo Tribunal Federal, que declarou o juiz Sérgio Moro suspeito e anulou todas as suas sentenças.

Ao ceder seu voto a Deltan Dallagnol e aos demais procuradores da Lava Jato, cuja atuação criminosa foi demonstrada nas reportagens do Intercept e outros veículos de imprensa, e também aos procuradores da Lava Jato no Rio, que têm sido protegidos pelo CNMP, Marcelo Freixo, do ponto de vista moral, condena novamente Lula à prisão ilegal que já roubou quase dois anos de sua vida, o impediu de ser candidato à presidência e, por causa disso, abriu caminho à ascensão do neofacismo ao poder, jogando o Brasil na crise que vive hoje.

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Marcelo Freixo deu carta branca ao poder intocável de um ministério público politizado, que muitas vezes é a principal sustentação do lawfare – perseguição judicial e destruição de reputações – praticado no Brasil e em vários países, quase sempre contra políticos e líderes progressistas e de esquerda.

Freixo espera que o PT apoie a sua candidatura ao governo do Rio no ano que vem, e pelo menos até ontem era dado como provável que uma parte do partido defenderia esta aliança. Agora, o pré-candidato do PSB precisa explicar ao PT por que tomou atitude tão insólita. Ao PT e, se tiver condições, ao próprio Lula.

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Além de Freixo, vários deputados que se proclamam de esquerda, inclusive do Rio, votaram a favor da impunidade dos procuradores, vale dizer, a favor de seus eventuais abusos, como os cometidos pela Lava Jato e outras operações midiáticas sem sustentação em provas e sem respeito ao amplo direito de defesa.

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