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Evilázio Gonzaga Alves

Jornalista, publicitário e especialista em marketing e comunicação digital

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Zema usa vídeo para atacar funcionários públicos e fazer campanha eleitoral

Bilionário governador de Minas Gerais tenta incitar a população do Estado contra os funcionários públicos com uma uma propaganda populista na qual alega só receber metade do seu salário

Casa do governador Zema (Foto: Reprodução)
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O bilionário governador de Minas Gerais, Romeu Zema, colocou em suas redes sociais uma propaganda populista, que mais parece uma piada. Em um filme, com um roteiro infantil, Zema aparece chegando a uma agência bancária, espera na fila, até ser chamado. Ao chegar ao caixa, com péssima interpretação de um cidadão comum, ele pede para sacar metade do seu salário, como governador. Na sequência, fala para a caixa, que também fazia seu teatrinho, que ele está há meses sem receber sua remuneração, por causa dos problemas econômicos do estado. 

Zema, diferente dos milhões de funcionários públicos mineiros não precisa do seu salário. Somente uma das empresas que herdou faturou mais de R$ 1 bilhão, em 2020. Nos meios empresariais mineiros, há boatos de que Zema quase levou sua herança à falência por má gestão. 

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Verdade ou não, fato é que Zema entregou a gestão de suas empresas para consultores paulistas.

Quando chegou ao governo de Minas Gerais, Zema criticou seus antecessores, por residirem no Palácio das Mangabeiras, construído por Juscelino Kubitschek (JK), para ser o local de moradia dos governadores mineiros. A partir da construção da nova residência, situada nos contrafortes da Serra do Curral, com uma espetacular vista da capital mineira e com uma arquitetura de alto valor artístico, os governadores mineiros passaram a morar no local, utilizando o Palácio da Liberdade, como local de trabalho.

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Zema disse que se recusava a morar na residência oficial pois seria “mordomia” e ele, portanto iria alugar outro local e pagar do próprio bolso. 

O Palácio das Mangabeiras foi o último lugar onde Getúlio Vargas dormiu. Na noite seguinte à sua hospedagem no em Belo Horizonte, o ex-presidente cometeu suicídio do Palacio do Catete, no Rio de Janeiro. 

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Vargas foi a Belo Horizonte inaugurar a Mannesmann, uma siderúrgica que marcou o início do desenvolvimento industrial mineiro. Quando Getúlio ofereceu a metalúrgica para Kubitschek, o presidente alertou “para implantar esta indústria em Minas Gerais, é preciso garantir energia elétrica, muita energia”. E perguntou: “há tanta eletricidade assim no estado”? Minas não tinha, mas JK garantiu que teria. 

Após tentar estimular a iniciativa privada a gerar a energia, sem sucesso, Kubitschek fundou a Cemig e assegurou a implantação do parque industrial de Belo Horizonte e o Distrito Industrial de Contagem, que estão entre os maiores do país. Atualmente Zema está manobrando para extinguir a Cemig, que privatizada pode até continuar com o mesmo nome, mas não será a mesma.

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O bilionário governador de Minas Gerais nunca demonstrou sensibilidade cultural suficiente para compreender a importância histórica, arquitetônica ou artística do Palácio das Mangabeiras. Afinal ele é pertence ao lumpemempresariado brasileiro. Zema pertence à categoria do lumpesinato dos bilionários, como o Veio da Havan, o desqualificado dono da Riachuelo ou o Capo de tuti capi da Igreja Universal, Edir Macedo, que montou uma máquina para arrancar tostões de desesperados, para viver em um palácio nababesco em Miami. 

O governador bilionário pratica a hipocrisia no mesmo nível dos seus pares no lumpemempresariado, que inevitavelmente apoiam o genocida Bolsonaro. Zema criticou o Palácio das Mangabeiras, definindo o local como “Mansão da Mordomia”. Porém, ele mora em uma mansão hollywoodiana, na sua terra natal, Araxá, com quase 6,5 mil metros quadrados, onde tem à disposição todas as mordomias, inclusive um bosque particular. Obviamente esta é apenas uma de suas propriedades.

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O vídeo do governador bilionário, que pode ser classificado como propaganda eleitoral fora da época determinada pela lei, no qual ele procura incitar a população contra os funcionários públicos, que estão há anos sem aumento, obrigados a se virar com pouco dinheiro e uma inflação galopante, confirma que Zema é um digno exemplar do bolsonarismo genocida, ao qual ele se agarrou para eleger. Zema, como Bolsonaro e seus apoiadores não têm nenhum respeito pela verdade. Zema e seus pares usam a mentira como método político, sem nenhuma vergonha.           

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