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Brasil

AD Junior: “Há pouco tempo, os brancos não consideravam os negros seres humanos”

Ativista digital envolvido na causa antirracista, o comunicador AD Junior fala à TV 247 sobre a importância do engajamento dos brancos neste movimento e elogia ações de influenciadores brancos na internet que têm doado seu espaço para pessoas negras

AD Júnior (Foto: Divulgação | Pilar Olivares/Reuters)
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Nêggo Tom, 247 - Entrevistado de estreia do programa “Um Tom de resistência”, na TV 247, o comunicador e ativista digital AD Júnior falou sobre o racismo estrutural em nossa sociedade e sobre o papel dos brancos na luta antirracista. Segundo ele, “os brancos brasileiros estão repensando a sua história, que foi contada de uma forma totalmente contrária ao que aconteceu” e sob essa nova visão, estariam começando a compreender que sempre foram privilegiados e tiveram vantagens sociais e educacionais sobre os pretos.

Mesmo estando ciente de que os brancos ainda não possuem toda essa lucidez histórica, para assimilar de imediato os fatores que determinaram a desigualdade racial no Brasil, AD Junior acredita que o momento é propício a esse diálogo e que o mito da democracia racial começa a cair a partir desse processo de conscientização que a branquitude está passando. “Agora eles começaram a fazer análises críticas sobre eles mesmos. O branco não gosta de ser objeto de estudo. Só ele que estuda. Ele que sempre foi o dono do pensamento crítico, agora começa a rever os seus conceitos”.

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AD Júnior também falou sobre os pretos negacionistas do racismo, mas lembrou que nesse caso um “choque de realidade” geralmente os traz 'de volta ao norte'. “Sobre os nossos irmãos pretos que são negacionistas, eu acredito que em algum momento eles voltam, pois a realidade da população preta no Brasil os obrigará a isso", disse. Sempre haverá alguma situação próxima, ou até, com eles mesmos, que fará com que se deem conta de que a estrutura não foi feita para nos dar espaço, e, a todo momento, tenta nos lembrar disso, acrescentou.

Ele também comentou as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou os manifestantes antirracistas de “brutamontes” e os acusou de tentarem destruir a herança histórica norte-americana, derrubando estátuas e monumentos. “Donald Trump sempre foi racista. O que sai da cabeça de uma pessoa dessas, ao dizer que os antirracistas querem apagar a história dos EUA? Não! A gente quer reavaliar. Nem é fazer uma releitura. É reavaliar a partir de qual momento a gente decidiu homenagear racista com estátua.” Ele ainda lembrou que na Alemanha não há qualquer tipo homenagem ou referência histórica que possa ser vista como herança do período nazista.

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