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Advogado descarta delação de Delcídio

Figueiredo Basto, que acaba de ser contratado para integrar a defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que não há negociações para acordo de delação premiada envolvendo seu novo cliente: “Acabo de entrar no caso e ainda não estudei os autos. Vim para advogar os interesses do senador, e não necessariamente para fazer um acordo de colaboração. Ainda não trabalhamos com essa hipótese”, explicou

Figueiredo Basto, que acaba de ser contratado para integrar a defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que não há negociações para acordo de delação premiada envolvendo seu novo cliente: “Acabo de entrar no caso e ainda não estudei os autos. Vim para advogar os interesses do senador, e não necessariamente para fazer um acordo de colaboração. Ainda não trabalhamos com essa hipótese”, explicou (Foto: Roberta Namour)
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Por Pedro Canário, do Consultor Jurídico 

O advogado Figueiredo Basto, que acaba de ser contratado para integrar a defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que não há negociações para acordo de delação premiada envolvendo seu novo cliente. “Acabo de entrar no caso e ainda não estudei os autos. Vim para advogar os interesses do senador, e não necessariamente para fazer um acordo de colaboração. Ainda não trabalhamos com essa hipótese”, explicou Basto, por telefone, à ConJur, nesta terça-feira (8/12). O senador ainda continua patrocinado pelo advogado Maurício Silva Leite, sócio do Leite, Tosto e Barros Advogados.

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A informação que circula entre os envolvidos na operação “lava jato” é que Delcídio pretende fazer um acordo de delação para entregar o que sabe sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. Gente próxima ao caso afirma que o Ministério Público Federal quer informações sobre o envolvimento de parlamentares no negócio, e Delcídio, que já foi diretor da área internacional da estatal, teria muito o que compartilhar.

Delcídio não estaria disposto a fazer o acordo, de início, mas mudou de ideia depois que o Senado decidiu mantê-lo preso e muito por causa da carta que o presidente do PT, Rui Falcão, escreveu, dizendo que não teria obrigação de defender o colega petista. No entanto, o comentário é que Delcídio espera o desfecho do acordo de delação de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.

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Cerveró se comprometeu a falar sobre Pasadena e sobre o envolvimento de políticos do PMDB no caso. E, por isso, a homologação do acordo deve ser feita pelo ministro Teori Zavascki, relator da “lava jato” no Supremo Tribunal Federal, o que ainda não aconteceu. Se Cerveró for solto após a homologação, Delcídio pretende fazer o próprio acordo; se não, deve avaliar melhor.

“Depende disso e de uma série de outros fatores que não quero adiantar”, afirma Figueiredo Basto. Ele conta ter entrado no caso por indicação de dois amigos em comum com Delcídio — que ele prefere não dizer quais.

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“Ninguém assume um caso para fazer delação. O advogado defende os interesses do cliente. Não sou especialista em delação, isso é intriga do mundo jurídico. Agora, eu não tenho nenhum problema com o instituto. É um importante instrumento de defesa, tão válido quanto legal. Quem tem objeção de consciência não pode ser advogado criminal”, declara Basto.

Estratégia

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Delcídio foi preso em flagrante por decisão unânime da 2ª Turma do Supremo. Ele aparece em gravações oferecendo dinheiro para a família de Cerveró como forma de demovê-lo da ideia de fazer uma delação premiada. Ele também garante ao filho do executivo, Bernardo, que já havia acertado com ministros do STF a concessão de um Habeas Corpus e traça um plano de fuga de Cerveró para a Espanha.

O primeiro passo da defesa, explica Figueiredo Basto, é a reconstrução da imagem do senador. “Vamos explicar que foi uma atitude completamente intempestiva de todos os presentes ali na reunião.”

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Também aparecem nas gravações o advogado Edson Ribeiro, que trabalhava na defesa de Cerveró, e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Rodrigues. Pelo que foi registrado nas reuniões com Bernardo, o banqueiro André Esteves, sócio do BTG Pactual, arcaria com os gastos do plano para tirar Cerveró do Brasil. Todos os envolvidos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República nesta segunda-feira (7/12).

Na reunião, Delcídio afirma ter combinado o HC com os ministros Dias Toffoli, Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Luiz Edson Fachin. Figueiredo Basto explica que ele não teve intenção de expor qualquer ministro, ou o STF, e que está disposto a se retratar com todos eles, inclusive publicamente.

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O flagrante registrado pelo Supremo foi o de organização criminosa. Delcídio foi preso preventivamente porque, segundo os ministros da 2ª Turma, o que ele disse mostrava a disposição de atrapalhar as investigações da “lava jato”. “Não há qualquer intenção de atrapalhar as investigações. Nada do que foi dito ali é possível de ser feito”, resume Basto.

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