Advogado escreve livro contra a delação premiada
Prestigiado criminalista com escritório no Rio de Janeiro, Nelio Machado chegou a deixar os casos de Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano quando estes decidiram seguir pelo caminho da colaboração premiada; no livro, ele aponta métodos à margem da lei utilizados para obter o acordo e práticas medievais de encarceramento; para ele, "a Lava Jato faz muito mal ao país"
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247 - Prestigiado criminalista com escritório no Rio de Janeiro, Nelio Machado concedeu uma entrevista ao jornalista Luiz Maklouf Carvalho, do Estadão, em que fez duras críticas ao instituto da delação premiada, sobre a qual publicará um livro, chamado "Covardia".
O advogado chegou a deixar os casos de Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano, no âmbito da Lava Jato, quando estes decidiram seguir pelo caminho da colaboração premiada. Hoje, defende o deputado Jorge Picciani, que continua preso, e o ex-presidente do COI Carlos Arthur Nuzman.
No livro, Machado aponta métodos à margem da lei utilizados para obter o acordo e práticas medievais de encarceramento. Para ele, escolher o caminho da delação "é abrir mão da defesa". "Eu não excluo a possibilidade de que alguém diga além do que ocorreu, e também diga menos do que de fato sucedeu", aposta.
O método da colaboração "é uma capitulação, porque você abdica de discutir teses fundamentais, como incompetência do juízo e cerceamento ao direito de defesa", acrescenta, destacando que o juiz Sergio Moro, por estar no Paraná, não deveria cuidar de casos relacionados à Petrobras, que está no Rio.
"A Lava Jato faz muito mal ao País, porque age fora do devido processo legal, e das garantias fundamentais. O desserviço é maior que qualquer benesse", conclui. Leia aqui a íntegra.
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