Agronegócio, um dos pilares de sustentação do governo Bolsonaro, é líder em doações para campanhas eleitorais: R$ 13 milhões
Protagonismo do setor, que nunca teve peso significativo nas doações, está ligado à ascensão de Bolsonaro. Verbas estão concentradas no PL, PP e Republicanos: R$ 8,4 milhões
247 - Dados divulgados pela plataforma DivulgaCand, levantados pelo jornal O Globo, revelam que os empresários do agronegócio são os maiores apoiadores de campanhas eleitorais bolsonaristas em 2022.
Um dos pilares de sustentação do governo de Jair Bolsonaro (PL) - à frente, inclusive, do varejo e de empresas de energia - o setor do agro, até a última quinta-feira (15), injetou R$ 13 milhões nas campanhas de candidatos e partidos ligados a Bolsonaro. Executivos do varejo e do setor energético aparecem logo atrás na lista de doações, com R$ 12,9 milhões e R$ 11,6 milhões, respectivamente.
De acordo com a reportagem, o protagonismo do setor, que nunca teve peso significativo nas doações eleitorais, está ligado à ascensão de Bolsonaro.
O levantamento aponta, ainda, que a maior parte da verba do agro nestas eleições está concentrada nas três legendas que compõem a coligação de Bolsonaro: PL, PP e Republicanos, que juntos arrecadaram R$ 8,4 milhões do setor.
“O rei das sementes”, o empresário Odílio Balbinotti Filho, filho do ex-deputado federal Odílio Balbinotti e presidente do Grupo Atto Sementes, derramou R$ 1,5 milhão para cinco candidatos — R$ 600 mil somente para Bolsonaro.
Entre os grandes nomes do agronegócio que impulsionaram a campanha de Bolsonaro estão Oscar Luiz Cervi, produtor de soja e dono do grupo Cervi, e Gilson Lari Trennepohl (União), vice-prefeito de Não-Me-Toque (RS) e diretor-presidente da Stara, fabricante de máquinas agrícolas. Eles desembolsaram, respectivamente, R$ 1 milhão e R$ 350 mil a Bolsonaro.
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