Ala Bivar quer aditoria na "caixa-preta" do evento de conservadores organizada por Eduardo Bolsonaro
A conferência conservadora CPAC foi organizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (SP), presidente do diretório da legenda e filho de Jair Bolsonaro. O evento foi financiada pela Fundação Índigo, ligada ao PSL, e custou cerca de R$ 850 mil do fundo partidário do PSL
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247 - A cúpula do PSL, liderada pelo presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), já informou que vai revidar o pedido da ala bolsonarista de pedir auditoria de todas as contas partidárias dos últimos cinco anos. Segundo reportagem da revista Época, Júnior Bozzella, considerado porta-voz de Bivar, disse que a conferência conservadora CPAC, realizada em São Paulo, é chamada de "caixa-preta" e será alvo de investigações.
Organizada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro e pretendente ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA, a conferência foi financiada pela Fundação Índigo, ligada ao PSL, e custou cerca de R$ 850 mil do fundo partidário.
"A ideia de alguns deputados e filiados (do PSL) de solicitar a auditoria pode dar uma transparência maior nisso tudo", declarou Bozzella, ao comentar a "caixa-preta" do evento.
Na semana passada, um grupo de parlamentares e advogados estiveram reunidos com Jair Bolsonaro para traçar um estratégia que garantisse a saída de parlamentares sem que estes perdessem o mandato e ainda ficar com o fundo partidário da legenda. A tese da ala bolsonarista é "falta de transparência com as finanças".
Usando esse mesmo argumento, a auditoria mira na conferência. Entre os alvos está o blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre, que participou da programação da conferência. Ele é considerado líder da milícia virtual do clã Bolsonaro nas redes sociais e foi o entrevistador de uma mesa sobre "temas relacionados ao conservadorismo brasileiro e afins" na conferência. O grupo de Bozzella quer saber se o blogueiro recebeu dinheiro pela participação.
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