Ameaçado pela reforma, trabalhador rural avisa: ‘Brasil vai parar’
A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) será especialmente prejudicial para o trabalhador rural; além do tempo mínimo de contribuição passar de 15 para 20 anos, e da idade mínima ser igualada para homens e mulheres em 60 anos, a forma de contribuição também muda, de 1,7% da venda da produção para uma contribuição anual de no mínimo R$ 600
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Da Rede Brasil Atual - A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) será especialmente prejudicial para o trabalhador rural. Além do tempo mínimo de contribuição passar de 15 para 20 anos, e da idade mínima ser igualada para homens e mulheres em 60 anos – atualmente há uma diferenciação para as mulheres, que podem se aposentar aos 55 anos –, a forma de contribuição também muda, de 1,7% da venda da produção para uma contribuição anual de no mínimo R$ 600.
Em vídeo que se espalhou nas redes sociais neste domingo (24), um trabalhador rural do Rio Grande do Norte afirma que se a reforma for aprovada conforme a proposta do governo haverá muita mobilização dos trabalhadores rurais. "A gente vai comprar a briga, vocês ainda não viram o Brasil parado não, os caminhoneiros deram só um sinal, aprova essa bexiga dessa reforma aí do jeito que ela está, e o Brasil vai parar de novo", afirma o trabalhador.
Ele diz que o recado dele é para o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a bancada federal do Rio Grande do Norte. "Vocês estão querendo aprovar uma reforma da Previdência que tira direitos dos trabalhadores, e principalmente da categoria rural", criticou. "Já que vocês dizem que, como o dr. Rodrigo Maia, que a gente tem uma perspectiva de 80, 85 anos trabalhando, vem aqui para o braço do cultivador, para saber se você aguenta ao menos um dia.
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Ele também diz: "Bancada federal, a gente está de olho em vocês, estão querendo reprimir os sindicatos, os únicos órgãos que até agora têm lutado pelos direitos dos trabalhadores rurais".
Reportagem de Leandro Chaves veiculada pelo Seu Jornal, da TVT, na sexta-feira (22) mostra que o impacto da reforma do campo levará à exclusão dos trabalhadores do direito ao benefício da aposentadoria. Segundo o assessor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares (Contag), Evandro José Morello, a reforma é "injusta e excludente", pelo fato de a renda líquida desses trabalhadores ser muito pequena. "É muito difícil ter renda para garantir a contribuição ao sistema previdenciário", defende. "Da forma como está proposta, essa medida vai excluir a maioria dos segurados especiais no sistema previdenciário", diz ainda Morello.
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