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Ao afirmarem que não há racismo no Brasil, Bolsonaro e Mourão reproduzem discurso da ditadura, diz socióloga

A socióloga Flavia Rios, professora da Universidade Federal Fluminense, autora de trabalhos sobre o feminismo e o racismo, diz em entrevista que ao negarem racismo no país, Bolsonaro e Mourão defendem os mesmos conceitos da ditadura militar

(Foto: Divulgação)
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247 - Ao comentar o assassinato de João Alberto Freitasa num supermercado do Carrefour em Porto Algre , o vice-presidente da República Hamilton Mourão disse que não existe racismo no Brasil, e Jair Bolsonaro declarou na reuião de cúpula do G-20 haver “tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”.

Bolsonaro e Mourão repetem o discurso da ditadura militar, segundo análise da professora de sociologia da UFF (Universidade Federal Fluminense) Flavia Rios. A tese corrente na época da ditadura é a de que no Brasil havia uma democracia racial, uma tese importante para acomodar os conflitos internos e cultivar uma boa imagem do Brasil no mundo, funcional aos interesses econômicos. 

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Em entrevista à jornalista Priscila Camazano na Folha de S.Paulo, Flavia Rios disse que "a declaração do vice-presidente da República é totalmente ancorada no discurso da ditadura militar, quando se dizia que no Brasil não havia racismo, que isso era algo de fora, importado, vindo dos EUA. E a fala do presidente Jair Bolsonaro segue a mesma retórica".

"É notável que os próprios agentes econômicos que representam o Carrefour internacionalmente, inclusive, reconheceram que o João Alberto foi assassinado e que a motivação foi racial. É de espantar que o vice-presidente recorra ao discurso radical da democracia racial".

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"E é interessante também que se diga isso no Dia da Consciência Negra. Uma fala como essa vai contra todas as conquistas democráticas do Estado nacional brasileiro de reconhecer que o país é pluriétnico, pluricultural e que tem de enfrentar o racismo, sim, que é muito forte na sociedade".

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