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Aprovar indicação do filho de Bolsonaro não será fácil, diz diplomata

Luiz Augusto Castro Neves, ex-embaixador do Brasil na China, Japão, Paraguai, Canadá e Reino Unido alerta para o fato de que a notícia sobre Eduardo Bolsonaro é ainda um rumor; "O Brasil raramente nomeia embaixadores de fora da carreira [diplomática]"

(Foto: Reprodução)
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Sputnik - Um dos assuntos mais comentados desta sexta-feira foi a possibilidade do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ser indicado para chefiar a embaixada do Brasil em Washington pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro.

Além do próprio Bolsonaro pai, o chanceler Ernesto Araújo defendeu a possível nomeação. Além disso, a imprensa divulgou rumores de que um dos filhos do presidente dos EUA também poderia assumir a chefia da missão norte-americana em Brasília.

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Sputnik Brasil conversou sobre o tema com Luiz Augusto Castro Neves, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, presidente emérito do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), ex-embaixador do Brasil na China, Japão, Paraguai, Canadá e Reino Unido. Para ele, o frisson na mídia parece relativamente antecipado.

"Até o momento são só rumores", destacou o diplomata.

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Dr todo modo, se o assunto avançar, Castro Neves acrescentou que o filho do presidente precisaria renunciar ao cargo de Deputado Federal para assumir a embaixada. Quanto à nomeação do filho de Trump, o interlocutor da Sputnik Brasil também ressaltou se tratar de um rumor.

"O Brasil raramente nomeia embaixadores de fora da carreira [diplomática]. Normalmente usa os embaixadores são diplomatas de carreira", acrescentou ele, destacando, por outro lado, não haver nenhum "impedimento legal".

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Ao ser perguntado sobre se a indicação configuraria um caso de nepotismo, o embaixador apontou que o assunto deverá ser tratado pela Comissão de Ética da presidência para determinar se há eventual impedimento ou não.

"Dadas as tensões políticas não será uma tarefa muito fácil fazer aprovar o filho de presidente da República para a embaixador do Brasil em Washington", ponderou o diplomata.

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"Todo chefe de missão diplomática em caráter permanente tem que receber, em primeiro lugar, o acordo (agrément) do governo que o recebe. No caso, o governo americano. De posse desse agrément, o presidente submete ao senado o nome do candidato a embaixador, que será ouvido na comissão de Relações Exteriores, que votará o parecer e encaminhará para o plenário aprovar ou não", explicou o interlocutor da Sputnik Brasil.

Todavia, o diplomata especificou que casos de rejeição dos indicados não são muitos. "No passado recente só tivemos um caso de não aprovação, que foi embaixador Guilherme Patriota que foi rejeitado pelo Senado", concluiu.

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