As misteriosas férias do ministro Bruno Araújo
O ministro interino das Cidades, Bruno Araújo (PSDB) se afastou do cargo, às pressas, por uma semana, para realizar misteriosa viagem ao exterior, onde teria ido tratar de "assuntos pessoais inadiáveis"; a informação é da blogueira Noeila Brito, que cita estranhas coincidências entre o período das "férias" e fatos políticos da última semana: "Bruno tirou “férias” de 3 a 8 de julho. Coincidentemente, no dia 5 de julho estourou a “Operação Black List“, da PF, que teve como alvo Jorge Alexandre, do PSDB de Pernambuco, prefeito da cidade de Camaragibe, amigo e cabo eleitoral de Araújo; afastamento de Araújo ocorre ainda no momento em que seu sócio, Marcos Meira, advogado na Lava Jato, é suspeito de tráfico de influência no STJ"
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247 - "O ministro interino das Cidades, Bruno Araújo, apesar de ter sido agraciado com uma das Pastas mais importantes e de maior orçamento do governo interino de Michel Temer, conseguiu se destacar não por qualquer ação que tenha desenvolvido nesses quase dois meses à frente do Ministério, mas por ter precisado se afastar do cargo, às pressas, por uma semana, para realizar misteriosa viagem ao exterior, onde teria ido tratar de "assuntos pessoais inadiáveis"".
A afirmação é da blogueira Noeila Brito.
Segundo ela, "para poder autorizar o afastamento do ministro, sem exonerá-lo, já que isso acarretaria seu retorno ao mandato em prejuízo de seu suplente, a assessoria do presidente interino criou um arranjo, segundo o qual, o ministro, que sequer tem dois meses no cargo, teve direito a tirar uma semana de férias, mesmo sem ter um ano no exercício do cargo".
Ela chama a atenção para o fato de que as "férias" do ministro "coincidem com dois episódios envolvendo pessoas bastante próximas a ele:
Bruno tirou “férias” de 3 a 8 de julho, autorizadas em despacho de Michel Temer. Coincidentemente, no dia 5 de julho estourou a “Operação Black List“, da Polícia Federal, que teve como alvo Jorge Alexandre, do PSDB de Pernambuco, prefeito da cidade de Camaragibe, amigo e cabo eleitoral de Araújo. Alexandre é também empresário do setor de medicamentos.
O deputado, atual ministro, é sócio ainda de Marcos Meira, advogado suspeito na Lava Jato de ser traficante de influência no Superior Tribunal de Justiça, onde seu pai, José, foi ministro até 2013 e é citado em mensagens da OAS como sendo lobista da empreiteira no STJ".
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