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Brasil

Aras quer acesso a todas as investigações sobre corrupção no Brasil

O Procurador Geral da República, Augusto Aras, quer obter superpoderes, ao buscar a centralização de ações que hoje são realizadas de maneira autônoma pelas forças-tarefas. Ele pretende obter apoio do Congresso e do Supremo, que se opõem aos excessos da Lava Jato, e reforçar laços com Bolsonaro, em guerra com seu ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Polícia Federal e procuradores temem que o PGR detenha esses superpoderes

Procurador-geral da República, Augusto Aras (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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247 - O procurador geral da República, Augusto Aras, quer aprovar no Conselho Superior do MPF projeto que cria uma chamada Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado. 

Essa Unidade, sob comando de Aras, teria acesso aos bancos de dados de todas as investigações em curso na corporação, o que daria superpoderes ao procurador-geral. Por isso está sendo questionada internamente pela corporação. 

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Segundo o jornal Valor Econômico, o anteprojeto é de autoria de dois procuradores federais, José Adonis Callou de Araújo Sá e Hindemburgo Chateubriand Filho, sendo este último muito próximo do PGR. 

O anteprojeto enfrenta resistências não apenas dos integrantes das forças-tarefas como da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR). 

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O texto é contestado com o argumento de que muitas das informações à disposição dos procuradores, como quebras de sigilo bancário e telefônico, além das operações de busca e apreensão, são obtidas por meio de autorizações judiciais relativas a casos específicos. Ao serem compartilhadas na PGR, essas informações se prestariam a usos não chancelados pelo judiciário. 

O interesse de Aras na centralização de informações, expresso tanto nos ofícios enviados recentemente às forças-tarefas quanto no anteprojeto, tem sido relacionado à atuação da Lava-Jato de Curitiba e, mais especificamente, ao desempenho do ex-juiz da operação e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. 

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De acordo com procuradores, Aras busca angariar apoio tanto do Congresso quanto do Supremo em relação a uma operação cujos excessos se tornaram consensuais, e, principalmente do presidente da República, em guerra com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.  

Há um temor adicional: o de que Aras esteja mirando a Lava-Jato no Rio de Janeiro para satisfazer o interesse do governo Bolsonaro em controlar as investigações relativas ao seu clã.  

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