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Brasil

Bispos e entidades religiosas denunciam governo Bolsonaro na ONU e na OMS por atuação na pandemia

Entre diversas denúncias, entidades religiosas denunciam o negacionismo de o descaso o governo de Jair Bolsonaro, que levou a um aumento das desigualdades sociais e às diversas mortes pela Covid-19 no Brasil, e declaram apoio ao seu impeachment

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa - PR)
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247 - Bispos denunciaram Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo descaso em relação à pandemia do novo coronavírus no Brasil, segundo o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL.

Entidades religiosas e bispos falaram ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos que a pandemia no país é "alimentada por uma conduta política, econômica e social contraditória, negacionista, indiferente à dor". 

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Eles ainda reforçam que o governo Bolsonaro, diante de sua atuação à crise sanitária, "está amplificando as profundas desigualdades", denunciam que “o descaso dos poderes públicos, na esfera federal, estadual e municipal, pelos fatos apresentados” e exigem investigações.

O grupo também disse apoiar “os mais de 60 pedidos de impeachment do Presidente da República, em particular pelos crimes de responsabilidades com respeito às políticas de saúde pública em tempo de pandemia".

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Entre as entidades que denunciaram Bolsonaro à ONU estão a Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Franciscans International, a Fundação Luterana de Diaconia, além de organizações de missionários, congregações e de irmãs.

Além da ONU e da OMS, eles pedem que a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pressione o governo brasileiro, denunciando não haver “transparência nas informações e menos ainda confiança nas decisões tomadas pelas representações políticas em relação à contenção da covid-19". 

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"A cada dez pessoas mortas por Covid-19 no mundo, uma é do Brasil", ressaltam. "A emergência de hoje deriva de escolhas políticas de ontem", denunciam.

"A Lei de Teto de Gastos, por exemplo, dificulta o investimento público e contribui para o aumento das desigualdades com a privatização de serviços essenciais para o desenvolvimento econômico, como o saneamento básico, educação e saúde".

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Segundo eles, as populações mais afetadas por esta opção política são as pessoas negras e indígenas, "fortalecendo assim o racismo estrutural de nossa sociedade".

As entidades também lembraram de estudo que mostra estratégia do governo Bolsonaro a favor da propagação do coronavírus. "Este estudo indica que, sob o argumento da retomada da atividade econômica a qualquer custo, há o empenho da União em favor da disseminação do vírus em território nacional. A análise detalhada das decisões do governo, em relação à pandemia, revela uma estratégia de propaganda contra a saúde pública, um discurso político que mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais", dizem.

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"Faz-se amplo uso de notícias falsas e informações técnicas sem comprovação científica, com o propósito de desacreditar as autoridades sanitárias, enfraquecer a adesão popular às recomendações de saúde baseadas em evidências científicas e promover o ativismo político contra as medidas de saúde pública necessárias para conter o avanço da Covid-19".

Ainda, destaca-se que "a orientação política do governo federal em relação à pandemia foi assumida pelos governos municipal de Manaus e do Estado do Amazonas. Há, portanto, responsabilidades compartilhadas entre as diferentes esferas de poder".

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"Mais uma vez, o grito de socorro se faz mais alto na Amazônia, onde a onda de contaminação está desenhando cenários de indizível degradação e total desrespeito da dignidade humana".

"Sob o argumento de ‘salvar a economia’ não ocorreram medidas efetivas para a conter a disseminação da Covid-19 na região amazônica", lembraram. 

"O resultado desta firme opção pela economia, foram os 945 óbitos por Coronavírus em Manaus nos primeiros 20 dias de janeiro de 2021, quase a mesma quantidade do que a somatória de mortes por Covid-19 entre agosto (início da segunda onda) e dezembro de 2020. A principal causa de tantas mortes foi a falta de oxigênio nos hospitais e a frágil estrutura hospitalar", completaram.

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