Boff critica Judiciário: membros “se julgam acima da constituição”
O teólogo e escritor Leonardo Boff criticou em sua conta no Twitter o auxílio-moradia recebido por vários juízes no País. De acordo com o estudioso, "a nossa democracia não é de direitos para todos"; "É feita de privilégios de juízes, magistrados, ministros e outros que se julgam acima da constituição. Vale ou não vale que todos são iguais perante a lei, como reza a constituição? O Brasil é o segundo país mais desigual do mundo", escreveu Boff
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247 - O teólogo e escritor Leonardo Boff criticou em sua conta no Twitter o auxílio-moradia recebido por vários juízes no País. De acordo com o estudioso, "a nossa democracia não é de direitos para todos". "É feita de privilégios de juízes,magistrados, ministros e outros que se julgam acima da constituição. Vale ou não vale que todos são iguais perante a lei, como reza a constituição? O Brasil é o segundo país mais desigual do mundo", escreveu Boff.
O posicionamento de Boff veio após a notícia de que o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol recebe R$ 6.659,73 de verbas indenizatórias por mês - R$ 4.377,73 são de auxílio-moradia. O restante é composto por R$ 884,00 de auxílio-alimentação e R$ 1.398,00 de auxílio-pré-escola. Além de ter imóvel próprio, Deltan comprou dois apartamentos em um prédio do Minha Casa Minha Vida, programa do governo federal de financiamento de imóveis com juros mais baixos. Os imóveis foram comprados à vista, sem financiamento do programa.
Ao justificar o benefício, o magistrado disse “o auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente reajustados".
O juiz Marcelo Bretas havia ido ao Twitter defender o direito a acumular o recebimento de auxílio-moradia com a esposa, também juíza Simone Bretas. "Pois é, tenho esse 'estranho' hábito. Sempre que penso ter direito a algo eu VOU À JUSTIÇA e peço. Talvez devesse ficar chorando num canto, ou pegar escondido ou à força. Mas, como tenho medo de merecer algum castigo, peço na Justiça o meu direito", disse Bretas.
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