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‘Boicote de Marta pode levá-la para o ostracismo’, diz professor

Cientista político da GV Cláudio Couto acredita que PT vai descarregar a culpa da derrota de Fernando Haddad em SP na senadora. E mesmo em caso de vitória, ela será espezinhada

‘Boicote de Marta pode levá-la para o ostracismo’, diz professor (Foto: Folhapress)
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247 – Em artido para a Folha, cientista político e professor de Administração Pública da FGV-SP, Cláudio Gonçalves Couto, diz que Marta será "malhada" pelo PT em caso de derrota ou mesmo de vitória em São Paulo. Leia:

Se tudo der errado na campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, culminando em sua derrota, o PT já sabe sobre quem descarregar a culpa.

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Se tudo der certo e Haddad for eleito prefeito, o PT também já sabe a quem espezinhar. Nos dois casos, essa pessoa é Marta Suplicy.

É evidente o inconformismo da ex-prefeita com seu preterimento na escolha da candidatura petista, para a qual se via como uma escolha natural -tal qual a de Aécio Neves para o PSDB, no pleito presidencial, na visão de Fernando Henrique.

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Marta, contudo, assemelha-se pouco a Aécio, no que concerne a esta "naturalidade". Está para a Prefeitura de São Paulo e para o PT mais ou menos como o ex-governador José Serra está para a Presidência e o PSDB.

Em ambos os casos, os postulantes veem-se como o nome óbvio, não reconhecem correligionários à sua altura e pensam mais em seu projeto pessoal do que no do partido.

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A semelhança, porém, acaba por aí. Não só porque se trata de disputas de tamanho distinto, mas também porque PT e PSDB são muito diferentes.

Se no PSDB o serrismo conseguiu impor-se à máquina partidária para mais um malogro em 2010 (e continua a alentar nova aventura para 2014), no PT o peso da organização partidária se fez sentir na definição da disputa.

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Alguém replicará que é o peso do caciquismo lulista. Há um erro em tal avaliação.

Embora a unção de Lula tenha sido crucial na opção do PT por Haddad, ela opera em contexto organizacional e com significado muito distintos daqueles do PSDB. O PT é um partido em que a lógica da organização tende a prevalecer sobre caciquismos.

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A unção de Lula funciona na indicação do candidato porque se coaduna com os interesses mais amplos e de longo prazo da organização.

Em tal cenário, o beicinho de Marta, se mantido, tenderá a lhe causar um ostracismo interno. Organizações tão densas não costumam deixar  barato esse individualismo.

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