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Brasil

"Bolsonaro colocou a Saúde nas páginas policiais", diz ex-ministro da Saúde Gomes Temporão

Segundo o ex-ministro, Bolsonaro cometeu crime contra a saúde pública ao colocar diversos militares na pasta que não tinham experiência e qualificação para os cargos: “o Ministério da Saúde foi impedido de exercer com capacidade, com liderança, com qualidade as suas funções a partir dessa decisão nefasta”. Assista na TV 247

José Gomes Temporão e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
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247 - O ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, em entrevista à TV 247, afirmou que Jair Bolsonaro cometeu crime contra a saúde pública ao indicar para o Ministério da Saúde o general da ativa Eduardo Pazuello e outros militares que não tinham experiência na área. A pasta, segundo Temporão, foi impedida de agir corretamente por conta da presença destes integrantes.

Ele lembrou que a imagem da Saúde passou a ser manchada a partir do governo de Michel Temer, que articulou um golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. “Então você compreende a que ponto a máquina do Ministério da Saúde, que historicamente sempre se prezou pela qualidade, pela transparência, independente do tipo de governo. De FHC a Lula, tudo começa a degringolar em 2016, com Michel Temer. Ali começa. A Saúde, que dificilmente apareceu, durante mais de uma década, nas páginas policiais, agora não sai delas. E o governo Bolsonaro fez o quê? Recolocou a Saúde nas páginas policiais. Isso é profundamente deplorável. Houve um crime contra a saúde pública. O Ministério da Saúde foi impedido de exercer com capacidade, com liderança, com qualidade as suas funções a partir dessa decisão nefasta de um militar para uma área que ele não dominava”.

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Temporão, que comandou a pasta de 2007 a 2011, durante o governo Lula, comentou o vídeo em que Pazuello aparece com uma equipe da empresa World Brands anunciando a negociação para compra de 30 milhões de doses da CoronaVac, sendo que o Instituto Butantan era, e ainda é, o único representante da desenvolvedora do imunizante no Brasil. “Quando você vai negociar vacinas com grandes multinacionais farmacêuticas, normalmente essas relações se dão institucionalmente. Ou seja, a área técnica do ministério define as especificidades do que deve ser comprado, que tipo de vacina, o motivo e os quantitativos. E a secretaria-executiva encaminha as negociações. Com quem? Com o laboratório produtor, e não com terceiros intermediários. É uma coisa completamente fora do rito republicano de como o Ministério da Saúde deve se comportar”.

“A sociedade está perplexa. Era uma tentativa de comprar a CoronaVac, da qual o Butantan é o único representante no Brasil. Então quem eram essas pessoas que estavam oferecendo milhões de doses de vacinas? Atravessadores. Isso é uma fraude grosseira”, disse.

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