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“Bolsonaro provou que o Exército, infelizmente, é dele”, diz Celso Amorim

Ex-chanceler comentou a decisão do Exército de não punir Eduardo Pazuello por seu envolvimento na política e avaliou que o golpe já não é apenas uma possibilidade. “Não é sobre se haverá um golpe. Já houve um golpe. O golpe é dobrar a espinha do Exército, que deixa de ser uma instituição de Estado e passa a ser uma instituição deste governante”. Assista

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
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247 - Ex-chanceler dos governos Lula, o embaixador Celso Amorim avaliou, em entrevista à TV 247, a decisão do comando do Exército de não punir o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político a favor de Jair Bolsonaro no dia 23 de maio. 

O ex-ministro afirmou que a decisão prova que o presidente controla o Exército, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos, onde as Forças Armadas não aderiram ao golpe instigado por Donald Trump após derrota nas eleições.

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“Aqui você vai ter confiança numa hipótese dessa? Como você pode ter confiança se na realidade o comandante do Exército aceita uma violação do regulamento e aceita passar a mão na cabeça da pessoa que violou uma regra fundamental? Isso afeta profundamente a situação. Aliás, isso tudo não aconteceu por acaso, mas foi planejado para demonstrar que o Exército, como diz o presidente, é sim o Exército dele, e não do país. Ele provou isso, infelizmente. A não ser que venha a ocorrer uma reação que a gente não sabe ainda se pode ocorrer ou não, ele terá provado que o Exército é o Exército dele”, disse. 

Para o ex-ministro, o golpe já é realidade: “Não é sobre se haverá um golpe. Já houve um golpe. O golpe é dobrar a espinha do Exército, que deixa de ser uma instituição de Estado e passa a ser uma instituição de governo, ou, de maneira mais enfática, deste governante”.

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“Os próprios ditadores na ditadura militar tinham que seguir regras. As regras eram distorcidas para acontecer tudo que a gente sabe que aconteceu. Mas individualmente, a mídia passou a chamar o Geisel, o Médici de ditadores. Mas é um erro, porque não são eles individualmente. O estamento sim é que praticava a ditadura, ele não podia fazer o que quisesse. Esse cara está querendo mostrar que ele faz o que quer. Ele incentiva uma infração de um regulamento do Exército e não acontece nada”, completou Celso. 

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