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Brasil

Bolsonaro, que prestou continência aos EUA, rebate Macron falando em 'defender soberania'

Depois que o presidente francês avisou que não apoiará acordo comercial da União Europeia com o Mercosul se Jair Bolsonaro romper com o Acordo do Clima de Paris, o presidente eleito falou em "defesa da soberania" para rebater Emmanuel Macron; "O Macron está defendendo a França. Esse acordo Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio", disse Bolsonaro, que prestou continência para o assessor de Donald Trump, John Bolton

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247 - O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) subiu o tom após o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmar que a possibilidade de seu governo apoiar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul depende da posição do futuro governo sobre o Acordo Climático de Paris.

"Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", postou Bolsonaro no Twitter. Apesar do tom de independência que tentou passar com a postagem, ao longo desta semana, tanto Bolsonaro como seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, deram sinais de um alinhamento direto à política externa norte-americana.

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Eduardo, que nesta semana esteve nos Estados Unidos para encontrar-se com funcionários do governo de Donald Trump, se deixou fotografar com um boné da campanha pela reeleição do atual mandatário dos EUA e anunciou a Transferência da Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv. Devido à repercussão negativa, provocada especialmente juntos aos exportadores que temem retaliações dos países árabes, Bolsonaro disse que a embaixada não será transferida, mas que poderá abrir um escritório em Jerusalém.

Ainda nesta semana, Bolsonaro também prestou continência ao se encontrar com assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton. A continência, segundo o código militar, parte sempre do militar de menor patente para o seu superior. Ao prestar continência a Bolton, Bolsonaro o reconheceu como seu superior.

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Apesar disso, o Twitter de Bolsonaro, contudo, teve como destinatário o presidente da França, Emmanuel Macron, que nesta sexta-feira afirmou que "não tem como pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados". A declaração foi uma referência a decisão anunciada por Bolsonaro de retirar a candidatura do Brasil para sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris.

Leia também reportagem da Agência Brasil sobre o assunto:

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Bolsonaro diz que não fará acordos que prejudiquem agronegócio

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (30) que não pretende assumir compromissos ambientais que impactem o agronegócio brasileiro. A resposta foi uma reação às declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, que condicionou o avanço das negociações entre a União Europeia (UE) e o Mercosul à posição do governo eleito sobre o Acordo Climático de Paris.

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"O Macron está defendendo a França. Esse acordo Mercosul com a União Europeia atinge interesses da França, um país voltado também para o agronegócio. A partir do momento que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, essas commodities, logicamente que não podem contar com o nosso apoio. Mas não é um não em definitivo, nós vamos negociar", ressaltou Bolsonaro, após participar da cerimônia de formatura de sargentos da Força Aérea em Guaratinguetá, interior paulista.

Macron disse ontem (29) que irá apoiar a parceria comercial se ela não significar um desequilíbrio nas condições comerciais entre os países. "Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados."

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No Twitter, Bolsonaro já tinha postado uma mensagem afirmando que "está fora de cogitação" o país se sujeitar automaticamente a interesses de outras nações. "Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", disse em mensagem na rede social.

Negociações

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A União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - a Venezuela está temporariamente suspensa) negociam o acordo, há quase 20 anos, com base em três pilares: diálogo político, cooperação e o livre-comércio.

Bolsonaro disse que foi aconselhado pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a ter cautela nas negociações. "Ele nos recomendou a ter um pouco mais de prudência para que o Brasil não perca mercado aí fora", acrescentou.

O presidente eleito ressaltou que pretende fazer mudanças na política ambiental para evitar prejuízos aos produtores. "O que nós queremos é uma política ambiental para preservar o meio ambiente, mas não de forma xiita como é feito atualmente. Vamos acabar com a indústria da multa nesse setor."

Indulto

Bolsonaro reiterou hoje que não pretende conceder indulto natalino a condenados por crimes de menor potencial ofensivo.

"Não é apenas a questão de corrupção, qualquer criminoso tem que cumprir a sua pena de forma integral. É essa nossa política que eu acertei com o [juiz federal] Sergio Moro [confirmado para o Ministério da Justiça]. Se não houve punição ou a punição for extremamente branda, é um convite a criminalidade."

O texto, geralmente preparado pelo Ministério da Justiça, é assinado anualmente, em dezembro, pelo presidente da República. O indulto de Natal considera, em geral, razões humanitárias. Está previsto na Constituição, mas não é obrigatório.

Ontem (29), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor da validade do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer no ano passado. No entanto, o julgamento foi suspenso por pedidos de vista dos ministros Dias Tofffoli e Lux Fux.

 

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