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Boulos: em vez de combater o desemprego, Bolsonaro faz cruzada contra a Educação

"O governo revela uma indisfarçável aversão ao pensamento crítico. O ensino que prepara para a vida e a cidadania é visto com temor", diz o líder do MTST, o filósofo Guilherme Boulos, que também é professor; "Em vez de combater o desemprego, a fome ou a falta de moradia, Bolsonaro parece decidido a levar adiante uma cruzada contra a Educação"

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247 - "O governo revela uma indisfarçável aversão ao pensamento crítico. O ensino que prepara para a vida e a cidadania é visto com temor", diz o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o filósofo Guilherme Boulos, que também é professor. "Em vez de combater o desemprego, a fome ou a falta de moradia, Bolsonaro parece decidido a levar adiante uma cruzada contra a Educação. Sua trajetória, é verdade, jamais inspirou bons ventos para a área no Brasil, mas seria difícil imaginar uma saga tão bizarra e com tamanha repulsa de um dos pilares centrais para o nosso desenvolvimento", diz. Sua análise foi publicada na Carta Capital.

O ativista criticou o anúncio do governo, feito no final do mês passado, de que seriam descentralizados investimentos no cursos de filosofia e sociologia. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o objetivo é "focar em áreas que "gerem retorno imediato ao contribuinte".

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"Qualquer um que circula em universidades públicas percebe o perfil de quem frequenta cursos como Filosofia e Sociologia. Somam hoje apenas 2% do total de alunos das federais e, ao contrário do que é a regra em cursos como Medicina ou Engenharia, a maioria não tem origem elitizada. Muitos são os primeiros de suas famílias a ingressar no Ensino Superior. A formação desses jovens representa, inclusive, um investimento crucial para o futuro: serão eles que vão lecionar em milhares de salas de aula de escolas públicas e formar nossas próximas gerações. Nada disso parece significar alguma coisa para o atual governo".

Boulos também repudiou os cortes anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraud, em universidades públicas. O titular da pasta alegou "balbúrdia" em instituições de ensino. "O corte de verbas por critérios ideológicos e, além de tudo, toscos é não só autoritário como flagrantemente ilegal. Sabendo ser alvo fácil de uma ação de improbidade, o ministro 'recuou', mas da maneira mais estúpida que se poderia imaginar: estendeu o corte de 30% para todas as universidades federais", afirma. "Seu governo utiliza o ministério com maior orçamento do País para sustentar uma plataforma de destruição da educação e manter seus alucinados sequazes em atividade. Caso siga em marcha, os efeitos dessas medidas podem afetar milhões de brasileiros e comprometer o futuro da próxima geração".

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