Brasileiro tem baixa adesão a teses conservadoras, diz pesquisa
Pesquisa feita pelo instituto Ideia Big Data sobre temas comportamentais e econômicos sugere que as posições dos brasileiros são bem menos conservadoras do que tem aparecido nas análises políticas, nos discursos de parlamentares e em manifestações em redes sociais; de acordo com o levantamento, há forte apoio dos brasileiros à atuação do Estado para garantir igualdade de oportunidades, proteção aos mais pobres, aposentadoria aos mais velhos e crescimento econômico do país; são majoritários também o apoio a cotas raciais em universidades públicas e a defesa de direitos de homossexuais
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247 - Pesquisa feita pelo instituto Ideia Big Data sobre temas comportamentais e econômicos sugere que as posições dos brasileiros são bem menos conservadoras do que tem aparecido nas análises políticas, nos discursos de parlamentares e em manifestações em redes sociais, de acordo com análise do jornal Valor Econômico.
De acordo com o levantamento, há forte apoio dos brasileiros à atuação do Estado para garantir igualdade de oportunidades, proteção aos mais pobres, aposentadoria aos mais velhos e crescimento econômico do país.
São majoritários também o apoio a cotas raciais em universidades públicas e a defesa de direitos de homossexuais. A formulação segundo a qual os direitos humanos "devem valer para todos, incluindo bandidos", supera com folga o entendimento de que deveria ser algo seletivo. E uma ampla maioria manifesta rejeição à ideia de punição criminal às mulheres que fazem aborto.
A bandeira da redução dos impostos, muito cara ao pensamento conservador e muito defendida por políticos de direita e entidades empresariais, não é vista como prioridade. O único tema testado em que teses normalmente associadas ao conservadorismo ganham mais destaque é o da segurança pública. Por pequena margem, a ideia segundo a qual o país precisa de mais presídios tem mais concordância do que oposição. A defesa da pena de morte empata com a rejeição à adoção dessa medida radical.
Embora a maioria dos entrevistados manifeste preferência por um modelo de penas alternativas em detrimento do aprisionamento como única maneira de punição, 44,8% dos brasileiros concordam com a frase "bandido bom é bandido morto". O grupo que compartilha esse entendimento vence com folga o dos que discordam da frase (31,4%). Outros 22,2% nem concordam nem discordam.
Para chegar a essas conclusões o Ideia Big data ouviu 3 mil pessoas em todo o país entre os dias 1º e 10 de novembro. A pesquisa foi feita face a face e tem margem de erro de 2,5 pontos para mais ou para menos.
O levantamento foi encomendado pelo chamado Movimento Agora!, um grupo criado há um ano para, segundo a própria definição, "impactar a agenda pública e a ação política" no país. Segundo o CEO do instituto, Maurício Moura, o estudo foi financiada pela própria empresa de pesquisa em colaboração com o Movimento Agora!.
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