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Breno Altman: cenário mudou e pode haver rebelião popular

"Mais uma vez na nossa história, foram os estudantes que tomaram a dianteira", diz o jornalista, editor do site Opera Mundi; "Com as manifestações, o cenário que se encontrava congelado em torno de alternativas proprietárias das elites, abre-se a possibilidade de uma saída popular da crise", avalia; assista

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247 - O jornalista e editor do site Opera Mundi, Breno Altman, comentou à TV 247 a situação do governo do presidente Jair Bolsonaro após as manifestações de 15 de maio, que levaram mais de dois milhões de pessoas, entre professores, estudantes e pais de alunos, às ruas em defesa da educação. Altman lembrou que havia muito tempo que as forças progressistas não iam às ruas.

"O Brasil vive um novo momento político em que, pela primeira vez em anos, as forças progressistas foram capazes de ocupar massivamente as ruas do país. Mais uma vez na nossa história, foram os estudantes que tomaram a dianteira", avaliou. Além disso, o jornalista analisou que a burguesia brasileira já não está totalmente ao lado de Bolsonaro. "Está havendo um deslocamento massivo da pequena burguesia para a oposição ao governo Bolsonaro".

"Com as manifestações, o cenário que se encontrava congelado em torno de alternativas proprietárias das elites, abre-se a possibilidade de uma saída popular da crise", disse Altman.

O jornalista previu quatro cenários de saída da crise, sendo a primeira deles um endurecimento político. "Um endurecimento político pesado, no caminho de um Estado policial, o que parece ser o caminho preferido do núcleo duro bolsonarista".

Outra possibilidade avaliada por Altman é o esfriamento político, que se daria mediante um passo atrás do governo. "Um recuo do governo Bolsonaro para um esfriamento político, com concessões aqui e ali, por exemplo, no tema da Educação. É a opção de uma fatia da base de sustentação do governo no Congresso".

Ele disse ainda que a burguesia brasileira pode buscar uma aproximação com setores da esquerda. "A burguesia brasileira começar a apostar e busque atrair setores da esquerda para esse projeto, de busca no bolsonarismo ou em setores conservadores, no Mourão, especialmente, uma alternativa ao Bolsonaro, mas para executar o mesmo programa de governo atual. Os meios de comunicação e a direita tradicional parecem pender para este caminho. É uma saída que tem simpatias em setores da esquerda. Mas de fato isso interessa à esquerda substituir o Bolsonaro pelo Mourão? Seria um bolsonarismo sem Bolsonaro".

O último cenário previsto por Breno Altman foi uma mudança de postura do movimento popular, passando de resistência à ofensiva. "O movimento popular, o campo progressista passar da resistência à ofensiva e criar uma situação política que torne impossível ao bolsonarismo governar, acue os conservadores e construa uma saída popular: de anulação do pleito de 2018, convocação de novas eleições de uma Assembleia Constituinte e a libertação do Lula para que ele possa concorrer às eleições".

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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