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Brasil

Cano furado, conta mais cara!

O crescimento das regiões metropolitanas com o adensamento populacional tem afetado de diversas formas o planejamento urbano das cidades

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O crescimento das regiões metropolitanas com o adensamento populacional estimulado pelos recentes programas habitacionais como o Minha Casa Minha Vida e os lançamentos imobiliários verticais tem afetado de diversas formas o planejamento urbano das cidades em que estão sendo implantados.

De imediato, os antigos moradores destes bairros percebem o grande fluxo de caminhões de entregas e de mudanças. Caçambas de entulhos são colocadas nos arredores dos novos apartamentos e se observa um maior fluxo de pessoas no comércio local, que se revitaliza. Com os novos moradores ocupando os apartamentos, aumenta o trânsito de veículos na região e a demanda pelo transporte coletivo.

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Porém, há outros efeitos do adensamento urbanístico que não são facilmente percebidos, um exemplo: a falta de água nas torneiras!

Regiões com baixa densidade de moradores passam a ter milhares sem a ampliação dos sistemas de distribuição e de produção de água potável. A situação é grave, pois muitas cidades das regiões metropolitanas já não dispõem de água suficiente para atender toda a demanda atual, promovendo rodízios de abastecimento que tendem a se agravar nos próximos anos. Ademais, segundo o IBGE, estas cidades desperdiçam até 50% da água produzida durante a distribuição, seja por defeito nas redes ou existência de ligações clandestinas.

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Redes de abastecimento implantadas há décadas e sem o mapeamento correto de seus traçados dificultam a manutenção rápida exigindo mais investimentos para identificar a ocorrência de vazamentos. Muitos canos furados podem comprometer também a qualidade da água que é entregue ao consumidor final, transformando o problema em um caso de saúde pública.

E o problema não termina nisso. Com tanto desperdício, para que as contas fechem é necessário subir as tarifas encarecendo esse produto essencial para nossa sobrevivência. Acabando os vazamentos, a conta de água seria reduzida pela metade, ou estes recursos poderiam ser direcionados para aumentar a capacidade de investimentos na produção!

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Ouvimos de muitos governantes que água é vida! Promovem campanhas para que a população economize e só use o necessário. Cobram mais daqueles que consomem mais. Sobretaxam as pequenas empresas comerciais e de serviços cobrando taxas mais elevadas por metro cúbico e exigindo um consumo mínimo que mensalmente nunca é alcançado. Por outro lado, deixam ir pelo ralo do desperdício este bem precioso, até quando?

Wilson Lourenço é vice-presidente da FACESP – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo

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