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Cardozo: o mal precisa ser cortado pela raiz e Bolsonaro precisa ser afastado

O advogado e ex-ministro da Justiça alerta, no entanto, que o caminho do impeachment pode “paralisar a administração federal”, por se tratar de um processo “paralisante”, e propõe o que em sua avaliação seria o caminho mais rápido e eficaz para tirar Bolsonaro da presidência. Assista na TV 247

José Eduardo Cardozo e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Câmara | PR)
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247 - O advogado e ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo defendeu em entrevista à TV 247 nesta terça-feira 21 que é hora de afastar Jair Bolsonaro da presidência da República, e assim “cortar o mal pela raiz”. Ele expõe uma posição de cautela em relação a um processo de impeachment neste momento, porque poderia “paralisar a administração federal”, e sugere o que seria um caminho mais rápido e eficaz para este momento de crise.

Cardozo, que foi advogado da ex-presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, destaca que o afastamento por meio do Congresso Nacional não pode acontecer por “qualquer coisa”. “O crime de responsabilidade não pode ser qualquer coisa. A estupidez não é ato ilícito, ser estúpido acontece, ser imbecil acontece, e não é qualificado como uma ilicitude em si. Ele tem que ser reprovado e recriminado, mas não vejo um ilícito grave, porque às vezes o idiota não tem consciência da sua idiotia”, explica.

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“Então não me parecia configurar o ilícito até que Jair Bolsonaro chama o primeiro ato público em reação ao Congresso Nacional”, declarou, em referência ao chamamento de Bolsonaro para os atos de 15 de março, que defenderam o fechamento do Congresso e do STF, em um momento de conflito intenso entre Executivo e Legislativo. “Ali ficou induvidoso e a situação continua com a participação dele num ato claramente antidemocrático”, completou, agora fazendo referência à participação de Bolsonaro na manifestação pelo AI-5 nesta segunda-feira 20.

“Hoje, do ponto de vista jurídico, praticou crime de responsabilidade. Eu não tenho dúvida que o pressuposto jurídico que faltava para Dilma Rousseff, para Jair Bolsonaro existe. A grande questão que se coloca agora é a questão política, se é ou não conveniente”, avalia Cardozo.

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Ele pondera, no entanto, sobre o caminho do impeachment: “eu acho que as coisas chegaram num ponto que é preferível cortar o mal pela raiz. Porém, eu tenho clareza que isso poderá trazer um tal trauma, um trauma de tal ordem nesse momento, que pode paralisar a administração federal, porque o impeachment é paralisante”. 

E propõe o que enxerga como solução mais rápida para o atual momento de crise: “Então há que se tomar alguma cautela. Diante de que ele praticou outros crimes, o melhor e mais rápido dos caminhos seria o procurador-geral da República denunciá-lo criminalmente e o Congresso Nacional acolher essa denúncia porque ele ficaria automaticamente suspenso do seu mandato”.

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