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Brasil

Caso Itaipu: Empresa ligada a Bolsonaro negociou acordo ilegal com vice-presidente paraguaio

Cruzamentos de mensagens e chamadas telefônicas mostram que o vice-presidente paraguaio, Hugo Velázquez, participou na negociação do acordo de Itaipu com a empresa brasileira Léros Comercializadora, ligado à família de Bolsonaro. Velázquez teria combinado com o advogado Joselo Rodríguez para comparecer à reunião com a Léros em seu lugar

Jair Bolsonaro e Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez (Foto: Alan Santos/PR)
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247 - Cruzamentos de mensagens e chamadas telefônicas mostram que o vice-presidente paraguaio, Hugo Velázquez, participou na negociação do acordo secreto de Itaipu com a empresa brasileira Léros Comercializadora, ligado à família de Jair Bolsonaro. Velázquez teria combinado com o advogado Joselo Rodríguez, pivô paraguaio no acordo ilegal, para comparecer à reunião com a Léros em seu lugar. Informação é do jornal ABC Color, divulgada nesta segunda-feira (19).

Pelo acordo, o Paraguai pagaria mais caro pela energia proveniente de Itaipu. O presidente Mario Abdo Benítez é acusado de traição à pátria por ter assinado com o Brasil um documento que aumenta custos com energia em US$ 200 milhões por ano.

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De acordo com registros telefônicos, Velázquez ligou para Pedro Ferreira, ex-diretor da estatal, para comunicar que não estaria presente, pois o presidente do Paraguai estaria fora para em um evento com Jair Bolsonaro em Foz do Iguaçu (PR). Por regra, vice e presidente não podem “deixar o governo” ao mesmo tempo.

O advogado Joselo Rodriguéz avisou ao ex-diretor da Ande que participaria da reunião com a delegação brasileira no dia seguinte, às 8h da manhã, mas a Léros não menciona que Joselo Rodríguez era um de seus enviados na reunião. Como consequência, aumenta a suspeita de que o advogado participou por ordem do vice-presidente paraguaio.

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A mensagem de Rodriguéz afirmava: "Boa noite, senhor presidente Pedro Ferreira. Mil desculpas pelo horário, acabei de desembarcar na Cidade do Leste. Eu sou o Dr. José Rodríguez, assessor jurídico da Vice-Presidência, estou escrevendo em nome do Vice-Presidente da República, Hugo Velázquez. Eu acompanharei a delegação brasileira amanhã para a reunião marcada para às 8:00. Qualquer dúvida, este é o meu número de telefone. Estou à sua inteira disposição pelo que considero importante".


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Nas reuniões que se sucederam, a empresa Léros propôs uma oferta ilegal de compra de energia para a Administração Nacional de Eletricidade (Ande), estatal paraguaia que negocia os excedentes da Usina de Itaipu. Os planos eram revender essa energia mais caro no Brasil e dividir o lucro com a estatal. De acordo com o Itamaraty, o trâmite é ilegal e o acordo foi desfeito.

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