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Celso Amorim: impedir Lula de disputar eleições é agressão contra a democracia

Ex-chanceler Celso Amorim disse em entrevista ao jornal argentino Página 12 que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar as eleições em decorrência do julgamento pelo TRF4, no próximo dia 24, no processo do tríplex do Guarujá, o "evento terá graves consequências no Brasil, e possivelmente além de nossas fronteiras, seria uma forma de agressão contra a democracia na América Latina"; O que está em jogo é a democracia, no Brasil, o golpe militar clássico dos anos 70 foi substituído por um golpe de mídia judicial", afirmou

Ex-chanceler Celso Amorim disse em entrevista ao jornal argentino Página 12 que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar as eleições em decorrência do julgamento pelo TRF4, no próximo dia 24, no processo do tríplex do Guarujá, o "evento terá graves consequências no Brasil, e possivelmente além de nossas fronteiras, seria uma forma de agressão contra a democracia na América Latina"; O que está em jogo é a democracia, no Brasil, o golpe militar clássico dos anos 70 foi substituído por um golpe de mídia judicial", afirmou (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O ex-chanceler Celso Amorim disse em entrevista ao jornal argentino Página 12 que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for impedido de disputar as eleições em decorrência do julgamento pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no próximo dia 24, no processo do tríplex do Guarujá, o "evento terá graves consequências no Brasil, e possivelmente além de nossas fronteiras, seria uma forma de agressão contra a democracia na América Latina"

"Se o Tribunal Regional Federal 4 (TRF-4) levar Lula fora da disputa, o Brasil enviará outro sinal negativo, o Brasil tem um peso indubitável que tem repercussões para o bem ou o mal nos países vizinhos", disse Amorim. "Eu não quero fazer simplificações simplistas, mas acho que Moro e outros magistrados estão usando suas posições para perseguir líderes progressistas, eu entendo que isso também acontece na Argentina", observou Amorim.

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O ex-chanceler ressalta que "o procurador encarregado do caso Lava Jato, o Dr. Deltan Dallagnol, sem provas, acusou Lula com base em "condenações". Mais tarde, o juiz Moro elaborou uma frase igualmente frágil do ponto de vista jurídico, uma vez que admite falta de provas relacionadas com Lula com a compra do departamento que seria produto de uma manobra fraudulenta. No resto do mundo eles estão entendendo que esse processo está atormentado pela arbitrariedade, que foi instrumentado para evitar que as pessoas escolhessem livremente seu presidente nas eleições de outubro. O que está em jogo é a democracia, no Brasil, o golpe militar clássico dos anos 70 foi substituído por um golpe de mídia judicial", afirmou.

Para Amorim, o manifesto "Eleições sem Lula são uma fraude" demonstra a pressão popular para que o processo transcorra de maneira isenta. "Quando o lançamos, esperava coletar quatro mil e cinco mil assinaturas e, de repente, vejo que isso explode com uma adesão impressionante que vem de uma centena de países, já alcançamos cerca de 170 mil apoiadores, incluindo ex-presidentes Cristina Fernández, José Mujica, Rafael Correa e Ernesto Samper. (...) A batalha do momento é a batalha pela democracia, e isso também foi visto por outros possíveis candidatos presidenciais no Brasil, potenciais opositores de Lula, como Manuela D'Avila (Partido Comunista) e Aldo Revelo (Partido Socialista) que assinaram a petição. Fora do Brasil, o país que deu mais apoio foi a Argentina, que já nos deu quase 17 mil assinaturas e esperamos que elas continuem a chegar mais, é um manifesto aberto a todos os cidadãos", disse.

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Para ele, caso Lula consiga ser candidato e ganhe as eleições o resultado imediato é que ocorrerá "uma mudança geopolítica que trará grandes consequências. Há muitas coincidências no que acontece em vários países da região, onde parece que o poder econômico está agindo em conjunto com grupos de inteligência, juntamente com o poder dos juízes, da mídia, e fatores externos. O contágio da onda progressiva pode ser semelhante ao ocorrido na década de 80, quando a Argentina recuperou a democracia e isso teve impacto na transição do Brasil. Se Lula retornar, isso pode ser benéfico para a Argentina, onde quero expressar minha solidariedade com a presidente Cristina, que também é vítima de uma série de assédio, e meu amigo o ex-ministro das Relações Exteriores, Hector Timerman. Se Lula vence em outubro e o México vence Andrés Manuel López Obrador (julho), estamos falando de dois líderes progressistas em países com muito peso, que a possível onda progressiva pode estar preocupando-os", destacou.

Amorim também destacou que o Brasil vem perdendo sua soberania durante o governo Michel Temer. "Soberania é uma palavra esquecida pelo governo brasileiro, esse é um dos aspectos mais característicos. Isto é demonstrado em sua política em relação à Amazônia, no início das negociações para a venda da empresa (fabricante de aeronaves) da Embraer para a Boeing, na política seguida pela Petrobras que já não é uma empresa ao serviço do desenvolvimento do Brasil, suas novas autoridades só se preocupam com o saldo de suas contas. Eles estão desmantelando o sistema elétrico, estão desmantelando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)", disparou.

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Leia a íntegra da entrevista.

 

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