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Chico Mendes: PT lembra a diferença entre quem lutou pelo povo e quem fala pelo agronegócio

Em postagem na tarde desta terça-feira (12), o Partido dos Trabalhadores lembrou a trajetória e o legado do seringueiro Chico Mendes, um dos mais importantes ativistas da história do país, que no programa Roda Viva desta segunda-feira (11) foi chamado de "irrelevante" pelo ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Salles, "o mesmo que é condenado por alterar mapa ambiental e diz que aquecimento global é secundário", escreveu o PT

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Em postagem na tarde desta terça-feira (12), o Partido dos Trabalhadores lembrou a trajetória e o legado do seringueiro Chico Mendes, um dos mais importantes ativistas da história do país, que no programa Roda Viva desta segunda-feira (11) foi chamado de "irrelevante" pelo ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Salles, "o mesmo que é condenado por alterar mapa ambiental e diz que aquecimento global é secundário", escreveu o PT.

Durante a entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Ricardo Salles afirmou: "eu não conheço o Chico Mendes, escuto histórias de todos os lados", afirmou. "Dizem que usava os seringueiros pra se beneficiar", complementou. 

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O jornalista Ricardo Lessa rebateu: "Se beneficiar do que? Ele é reconhecido pela ONU".

"O que importa quem é Chico Mendes agora?", respondeu o ministro.

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Quando era secretário estadual de Meio Ambiente do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), Salles foi condenado por adulterar mapas e a minuta de decreto do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Várzea do Tietê, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com a acusação, ele tinha como objetivo beneficiar empresários, especialmente do setor de mineração.

Na postagem, o Partido dos Trabalhadores escreveu: "A diferença entre quem lutou pelo povo e quem fala pelo agronegócio: O ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, no Roda Viva, disse que Chico Mendes é irrelevante. O mesmo que é condenado por alterar mapa ambiental e diz que aquecimento global é secundário. Pode isso?"

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Em 22 de dezembro de 2018, dia em que a morte de Chico Mendes completou 30 anos, assassinado a mando do grileiro de terras Darly Alves, o PT lembrou da história de Mendes.

Agência PT de Notícias - “No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade”. E foi na luta que Chico Mendes se transformou em um dos militantes mais importantes da história do Brasil. 

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Chico Mendes se tornou o patrono do órgão de proteção do meio ambiente, mas sua luta começou muito tempo antes. Filho de migrantes cearenses, Francisco Alves Mendes Filho nasceu no dia 15 de dezembro de 1944, no seringal Porto Rico, próximo à fronteira do Acre com a Bolívia, em Xapuri, estado do Acre, onde passou a infância e a juventude ao lado do pai cortando seringa. Foi vivendo no seringal que Mendes se indignou pela primeira vez diante das injustiças.

Na época, a atividade econômica de extração da borracha, na Amazônia, foi sempre pautada por relações de grande exploração. O sistema de troca de mercadorias industriais pelo produto extrativo – conhecido como aviamento – criou comunidades com muita miséria e endividamento. Um rígido regulamento de subordinação aos seringalistas, que eram punidos inclusive com castigos físicos, levou a rebeliões que eram sufocadas por violência das forças policiais.

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Neste contexto, em 1975, Mendes iniciou a atuação sindical, quando foi nomeado secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Basileia. A partir de então, ele deu início a luta em defesa da posse de terra para os habitantes nativos da região, o que o levou, inevitavelmente, à defesa do meio ambiente.

‘Empates’ contra o desmatamento das florestas

Na época, foram criados os ‘empates’, uma forma de luta pacífica para impedir o desmatamento da floresta, na qual os moradores das comunidades faziam barreiras com os próprios corpos para barrar os serralheiros e fazendeiros. A partir dos ‘empates’, Mendes intensificou seu ativismo ambiental e, em 1977, participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Ainda no mesmo período, ele havia sido eleito vereador e sua atuação política o levou a receber as primeiras ameças de morte por parte dos fazendeiros.

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Já na década de 1980, Mendes ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores e tornou-se uma de suas principais lideranças no Acre. Participou de vários comícios ao lado de Lula na região. No ano de 1982, ele se candidatou a deputado federal, mas não conseguiu se eleger. Apesar do enfraquecimento do regime militar, o ativista foi acusado, em 1984, de incitar os posseiros a praticar violência. Mendes foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus e foi absolvido por falta de provas.

O ativista foi responsável pelo Primeiro Encontro Nacional de Seringueiros, quando apresentou a proposta da “União dos Povos da Floresta”, um documento que reivindicava a união das forças dos índios, trabalhadores rurais e seringueiros, em defesa e preservação da floresta Amazônica e das reservas extrativistas em terras indígenas. Foi no encontro que Mendes denunciou também o massacre sofrido pelos povos indígenas, época que foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros.

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