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Com pouco consenso, legalização da maconha é debatida em audiência no Senado

A legalização da maconha foi tema de audiência realizada nessa quinta-feira (26), pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado; houve pouco consenso e o debate girou em torno da sugestão para descriminalizar o cultivo da cannabis para uso pessoal, proposta pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC); de acordo com Emílio Figueiredo, advogado da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas, o único tema que chegou perto de uma unanimidade foi o uso medicinal;  hoje, para usar a cannabis como medicamento é necessário obter aprovação da Anvisa e importar o produto do exterior

Marcha da Maconha, avenida Paulista, São Paulo (Foto: Charles Nisz)
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Rede Brasil Atual - A legalização da maconha foi tema de audiência pública, realizada nessa quinta-feira (26), pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. Com pouco consenso entre os participantes, o debate girou em torno da sugestão legislativa (SUG) 25/2017, que trata da descriminalização do cultivo da cannabis para uso pessoal. O relator da proposta é o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Em entrevista a Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual, Emílio Figueiredo, advogado da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas, que participou da audiência, conta que o único tema que chegou perto de uma unanimidade foi o uso medicinal. "Os senadores foram obrigados a ouvir o que não estão acostumados, tirando-os da zona de conforto, mas a questão sobre o uso da cannabis para fins terapêuticos é um consenso. Todos expressaram que reconhecem a importância do produto", conta.

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Atualmente, no Brasil, para utilizar a maconha como medicamento é necessário obter aprovação da Anvisa, com a necessidade de importar o produto do exterior. Entretanto, o órgão estuda a regulação do cultivo para fins medicinais. Decisões da Justiça já autorizaram algumas famílias a plantarem pés de maconha em casa.

"Todos os dias vejo pessoas tendo resultados fantásticos nas mais diversas doenças, como epilepsia, esclerose, autismo, inapetência em tratamento quimioterápico, entre outras", relata Figueiredo.

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Uma das ideias apresentadas pelo advogado na audiência foi a criação dos clubes de cultivo da maconha, organizações sem fins lucrativos que já existem em países como Uruguai e Espanha. "A ideia se dá pelo fato de nem todos poderem cultivar em casa. O objetivo é ter um local onde os consumidores de cannabis possam cultivar, com uma autorização judicial", explica.

Figueiredo lembra que a a atual política cria vítimas entre os mais pobres. "A proibição só serve para exterminar a juventude da periferia, criando novos problemas. O Estado criou essa guerra e não sabe como acabar com ela. Ainda estamos longe do fim", lamenta.

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Durante o debate, o presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim) e secretário executivo da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, Cristiano Maronna, ressaltou que, em entrevista recente, o traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, afirmou que o narcotráfico financia campanhas políticas no Brasil. "A quem interessa manter as drogas na ilegalidade?", questionou.

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