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Brasil

Comissão de Ética da Presidência vai investigar Segóvia

O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, tem dez dias corridos para apresentar sua defesa à Comissão de Ética da Presidência sobre sua entrevista à Reuters, quando indicou que o inquérito contra Michel Temer relacionado ao esquema dos portos seria arquivado por falta de provas; também nesta segunda, Segóvia se explicou sobre o caso ao ministro do STF Luís Roberto Barroso, a quem negou interferência na investigação e prometeu não falar mais sobre o caso

segovia (Foto: Gisele Federicce)
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Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República abriu prazo para que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, dê explicações a respeito da entrevista dada à Agência Reuters na semana passada. Na entrevista, Segovia disse que, no inquérito em que Temer e outros acusados são investigados pela PF, com autorização do ministro Barroso, os "indícios são muito frágeis" e sugeriu que o inquérito "pode até concluir que não houve crime".

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Segóvia tem dez dias corridos, a contar de hoje (19), para apresentar defesa. "A tramitação do processo se deu de maneira a abrir um prazo de 10 dias para que Segóvia possa oferecer à Comissão de Ética Pública os seus esclarecimentos a respeito de declarações que fez concernentes à investigação em curso na Polícia Federal. Interessa à CEP o tema, uma vez que a conservação de informações privilegiadas é uma das tarefas que incumbe à comissão", disse o presidente da Comissão, Mauro Menezes. O processo para apurar a conduta de Segóvia foi aberto na última sexta-feira (16).

Caso entenda que houve infração ética por conta de um agente, a comissão pode aplicar desde uma advertência até recomendar a exoneração. A recomendação é feita ao presidente da República. Cabe a ele acolher ou não a recomendação da comissão.

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O diretor-geral da PF esteve hoje com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso para se explicar sobre o mesmo assunto. Ao ministro, Segóvia ressaltou que suas declarações foram "distorcidas e mal interpretadas", que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso e também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação.

Ex-vice da Caixa

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A CEP concluiu hoje o processo envolvendo a ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias). Ela foi absolvida da acusação de beneficiar a Companhia Energética Minas Gerais (Cemig) em troca de vantagem pessoal. A absolvição se deu por três votos a dois e a comissão analisou apenas uma das acusações que recaem sobre ela.

"Os conselheiros, por maioria, entenderam que a mensagem eletrônica enviada por ela ao virtual presidente da Cemig – ele assumiu três dias depois – não seria suficiente para configurar uma infração ética, não daria margem de que teria havido tráfico de influência. A comissão absolveu em relação a essa acusação. Nós não tratamos dos demais temas que afloraram com investigação interna realizada no âmbito da Caixa", acrescentou Menezes.

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Segóvia diz ao STF que não pretendeu interferir em investigação sobre Temer

André Richter – O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, disse hoje (19) ao ministro do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso que não pretendeu "interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento" do inquérito sobre o presidente Michel Temer.

A explicação de Segóvia foi levada pessoalmente no fim da tarde ao ministro, relator do inquérito, após o magistrado cobrar explicações do diretor-geral da PF sobre uma entrevista dada à Agência Reuters na semana passada.

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Na entrevista, Segovia disse que, no inquérito em que Temer e outros acusados são investigados pela PF, com autorização do ministro Barroso, os "indícios são muito frágeis" e sugeriu que o inquérito "pode até concluir que não houve crime".

Ao ministro, Segovia ressaltou que suas declarações foram 'distorcidas e mal interpretadas", que não teve intenção de ameaçar com sanções o delegado responsável pelo caso e também se comprometeu a não dar mais declarações sobre a investigação.

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O encontro entre o ministro e o diretor-geral da Polícia Federal durou 30 minutos, mas não houve declarações públicas.

Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os empresários Ricardo Conrado Mesquita e Antônio Celso Grecco, ambos ligados à Rodrimar, que opera no Porto de Santos, são acusados pelo suposto favorecimento da empresa por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

Em janeiro, ao responder por escrito aos questionamentos dos delegados responsáveis pelo caso, a defesa do presidente Temer declarou que ele nunca foi procurado por empresários do setor portuário para tratar da edição do decreto. Sobre o ex-deputado Rocha Loures, um dos investigados no inquérito, Temer disse que nunca o autorizou a fazer tratativas em seu nome. "Peço vênia para realçar a impertinência de tal questão, por colocar em dúvida a minha honorabilidade e dignidade pessoal", escreveu.

 

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