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Brasil

Dallagnol diz que não percebeu 'dimensão' de ações contra Lula

Para explicar a produção do PowerPoint, Dallagnol disse "não perceber que ações envolvendo o ex-presidente Lula tomam uma dimensão muito grande". No entanto, o procurador defendeu as acusações. "Não foi errado, só foi um jeito que não foi conveniente, que não repercutiu bem", afirmou

‘PowerPoint’ de Dallagnol contra Lula pode custar R$ 1 milhão em danos morais (Foto: Reprodução/Twitter | Ricardo Stuckert)
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247 - O procurador Deltan Dallagnol disse que a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba subestimou a repercussão da apresentação em PowerPoint para incriminar Lula, em 2016, que colocava o ex-presidente no centro de uma suposta organização criminosa.

Em entrevista ao UOL, aos colunistas Tales Faria e Thaís Oyama, o procurador disse que não houve "erro" naquela apresentação que foi parte da espetacularização do processo em que um dos integrantes da força-tarefa disse "não temos provas, mas temos convicção".

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"Qual foi o erro daquele episódio?", indagou Dallagnol. "Foi a gente não perceber que ações envolvendo o ex-presidente Lula tomam uma dimensão muito grande. Se a gente tivesse percebido isso, a gente certamente teria feito de um modo diferente. Agora se me perguntar se foi errado, não foi errado, só foi um jeito que não foi conveniente, que não repercutiu bem", acrescentou.

O PowerPoint contra Lula foi apresentado numa coletiva de imprensa que fugia a todos os ritos do Ministério Público. A peça foi usada para desmoralizar o ex-presidente Lula e na época virou até alvo de piadas por não trazer consistência em suas acusações.

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Dallagnol, no entanto, nega a motivação política na Lava Jato que culminou na retirada do candidato favorito das eleições de 2018 e levou a eleição de Jair Bolsonaro, que levou o então juiz Sergio Moro para a equipe de governo como Ministro da Justiça.

"Existem pessoas que vão politizar a Lava Jato, mas é minoria entre a extrema-direita porque [o trabalho] é técnico e apartidário", afirmou. "Nunca me manifestei em pautas partidárias, nunca participei do debate de forma ideologizada, nunca defendi ou ataquei pessoas e instituições. Minha participação é a pauta anticorrupção".

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A declaração contrasta com as revelações da Vaza Jato. Em mensagens trocadas por Dallagnol com grupos de direita que insuflaram o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma. Enquanto o Brasil entrava em choque com a morte do ex-ministro Teori Zavascki num acidente aéreo até hoje não explicado, o procurador Deltan Dallagnol se articulava com movimentos como Mude e Vem pra Rua para tentar pressionar o Supremo Tribunal Federal a não colocar Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli como seus substitutos. 

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