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Decano estica por mais 30 dias inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 30 dias o inquérito que apura as interferências políticas de Jair Bolsonaro na Polícia Federal

Celso de Mello e Jair Bolsonaro (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF | Carolina Antunes/PR)

247 - Pela segunda o decano da alta corte amplia o prazo das investigações sobre a interferência política de Jair Bolsonaro na Polícia Federal. A última vez foi em 08 de junho. 

O decano do STF esclarece que a nova concessão atende o pedido da PF para a realização de diligências ainda pendentes – uma delas é o depoimento de Bolsonaro no caso. A solicitação de oitiva será apreciada pelo decano após manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras.

Celso de Mello aguarda manifestação solicitada à Procuradoria-Geral da República na última sexta, 26, sobre o depoimento de Bolsonaro no inquérito. Aras já sinalizou a interlocutores que permitirá a oitiva por escrito – prerrogativa semelhante usada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em 2017, quando foi ouvido no caso das gravações da JBS.

A opinião de Aras é contrária ao entendimento do decano em decisões anteriores. Celso de Mello já escreveu que o depoimento por escrito só é aplicável a autoridade que é vítima ou testemunha do crime – Bolsonaro é investigado, informa o Estadão.