Delação da Odebrecht não explica 600 codinomes do setor de repasses ilegais
Delações de executivos da Odebrecht e documentos apresentados pela empreiteira ao Ministério Público Federal deixam sem explicação cerca de 600 codinomes de destinatários de propinas e repasses ilegais registrados nas planilhas do setor de operações ilícitas da construtora; soma dos recebimentos dos 20 maiores beneficiários sem identificação passa de R$ 100 milhões, segundo levantamento feito pela Folha; nesse material, disponibilizado pelo Supremo Tribunal Federal, o maior número de pagamentos está relacionado à alcunha "conterraneo"; foram 103 transferências que somaram R$ 13,7 milhões
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247 - Delações de executivos da Odebrecht e documentos apresentados pela empreiteira ao Ministério Público Federal deixam sem explicação cerca de 600 codinomes de destinatários de propinas e repasses ilegais registrados nas planilhas do setor de operações ilícitas da construtora.
A soma dos recebimentos dos 20 maiores beneficiários sem identificação passa de R$ 100 milhões, segundo levantamento feito pela Folha. Nesse material, disponibilizado pelo Supremo Tribunal Federal, o maior número de pagamentos está relacionado à alcunha "conterraneo". Foram 103 transferências que somaram R$ 13,7 milhões.
Os repasses eram sempre do mesmo valor, R$ 125 mil, com exceção de um no montante de R$ 1 milhão. Essas operações ocorreram em um período de 10 meses, entre novembro de 2013 e agosto de 2014.
Em seguida na lista de principais recebedores vem o codinome "eao", que foi associado a 9 desembolsos no total de R$ 7,6 milhões entre 2008 e 2010.
Na delação da empreiteira fechada em dezembro de 2016, não há explicação para esse apelido, porém uma ex-funcionária do departamento de repasses ilegais vinculou o termo às iniciais do acionista e ex-número um do grupo, Emílio Alves Odebrecht.
Leia a reportagem da Folha de S. Paulo sobre o assunto.
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