Delatado, Padilha diz confiar nas instituições
“O ministro Eliseu Padilha disse que confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa”, diz a nota do braço direito de Michel Temer, acusado de arrecadar propinas para o PMDB junto à Odebrecht
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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, divulgou hoje (12) uma nota em que diz confiar nas instituições do país no decorrer do processo após ter sido citado na delação da empreiteira Odebrecht. A divulgação da lista de políticos citados por executivos da empreiteira foi autorizada ontem (11) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.
“O ministro Eliseu Padilha disse que confia nas instituições brasileiras, razão pela qual registra que tem certeza de que com a abertura das investigações lhe será garantida a oportunidade para exercer amplamente seu direito de defesa”, diz a nota.
Ontem, horas depois da divulgação da lista de políticos citados na delação, Padilha foi abordado por jornalistas nos corredores do Palácio do Planalto, onde fica a Casa Civil. Ele disse apenas que “o lugar de se manifestar é nos autos [do processo]”. O ministro é um dos principais negociadores do governo Temer no Congresso Nacional e tem trabalhado diariamente para a aprovação da reforma da Previdência.
Padilha e o ministro da Secretaria de Governo, Moreira Franco, serão investigados em um mesmo inquérito, no qual o Ministério Público Federal (MPF) apontou indícios de que ambos pediram recursos ilegais para alimentar campanhas eleitorais do PMDB. Moreira Franco foi o único ministro a não se manifestar oficialmente sobre o caso. Eles foram citados nos depoimentos de seis delatores da Odebrecht, incluindo o do ex-presidente-executivo do grupo, Marcelo Odebrecht.
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