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Brasil

Delator diz que Odebrecht movimentou US$ 3,3 bi em pagamentos ilícitos

Em depoimento ao ministro do TSE Herman Benjamin, o ex-funcionário da Odebrecht Hilberto Mascarenhas disse que um departamento da empresa movimentou cerca de US$ 3,39 bilhões entre 2006 e 2014 em pagamentos ilícitos; deste valor, entre 15% e 20% eram para financiar campanhas eleitorais no Brasil via caixa dois; o restante para pagar propina, obras e serviços no exterior; o TSE fará acareação de executivos da Odebrecht em ação contra a chapa Dilma-Temer

Odebrecht (Foto: Gisele Federicce)
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247 - O ex-funcionário da Odebrecht Hilberto Mascarenhas afirmou em depoimento ao ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, onde é relator no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, que o departamento de propina da empresa movimentou cerca de US$ 3,39 bilhões entre 2006 e 2014 em pagamentos ilícitos.

Deste valor, entre 15% e 20% - de US$ 500 milhões a US$ 680 milhões - eram para financiar campanhas eleitorais no Brasil via caixa dois. O restante para pagar propina, obras e serviços no exterior, segundo informa reportagem da Folha. O delator trabalhava no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como "departamento da propina".

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O ministro Herman Benjamin determinou que seja realizada uma acareação entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, e os ex-executivos da empresa Cláudio Melo Filho e Hilberto Mascarenhas, que depuseram no processo que corre no TSE. Leia mais na reportagem da Agência Brasil:

TSE fará acareação de executivos da Odebrecht em ação contra chapa Dilma-Temer

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Felipe Pontes - O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que seja realizada uma acareação entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht, e os ex-executivos da empresa Cláudio Melo Filho e Hilberto Mascarenhas.

A acareação foi marcada para a próxima sexta-feira (10), às 10h, por meio de videoconferência. Benjamin investiga o eventual abuso de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer durante a campanha de 2014. Desde a semana passada, ele resolveu incluir nas investigações os indícios de doações ilegais de campanha provenientes da Odebrecht, revelados pela Operação Lava Jato.

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Na última quarta-feira (1º), Benjamin interrogou o ex-presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho de 2015 em Curitiba. O ministro ouviu também outros cinco ex-executivos da empresa: Benedicto Júnior, Fernando Reis, Cláudio Melo Filho, Alexandrino de Salles Ramos e Hilberto Mascarenhas.

Todos os executivos ouvidos por Benjamin assinaram com a Justiça acordos de colaboração premiada, nos quais detalharam o esquema instalado na Odebrecht de pagamento de propinas a políticos e partidos. Conforme informações vazadas pela imprensa, eles confirmaram ao ministro o pagamento de caixa dois a partidos e políticos durante a campanha de 2014.

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Segundo as reportagens, Marcelo Odebrecht relatou a doação de R$ 150 milhões em caixa dois para a chapa Dilma-Temer, confirmando também ter se reunido com o então vice-presidente Michel Temer para discutir doações a seu partido, o PMDB. Em nota após o depoimento, o presidente Temer confirmou ter se reunido com Marcelo Odebrecht, no Palácio do Jaburu, mas negou ter discutido valores na ocasião.

A nota divulgada pela Presidência da República confirma ainda que a Odebrecht deu um auxílio financeiro de R$ 11,3 milhões a campanhas do PMDB e que o montante foi declarado ao TSE.

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A ex-presidente Dilma Rousseff disse, por meio de nota, ser "mentirosa" a declaração de Marcelo Odebrecht de que ela teria pedido recursos a ele ou a quaisquer empresários. Ela negou também ter solicitado o pagamento a fornecedores da campanha por meio de contas fora do país.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas. Conforme entendimento atual do TSE, a prestação contábil do presidente e do vice é julgada em conjunto. Se for comprovado o abuso de poder político e econômico na campanha de 2014, o processo resultaria na inelegibilidade de Dilma Rousseff e na cassação de Temer.

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