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Brasil

Delatores da Odebrecht se contradizem sobre fim do setor de propinas

O desmonte do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, popularmente conhecido como departamento de propinas da empresa, tem versões diferentes para dois delatores da empreiteira; enquanto os ex-presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, afirma que o departamento foi transferido para o exterior para acabar com as operações irregulares, Hilberto Mascarenhas, antigo responsável pelo setor, diz que a mudança foi uma tentativa de driblar o monitoramento das autoridades e manter as operações

Marcelo Odebrecht e Hilberto Mascarenhas (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - O fim do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o departamento de propina da empreiteira, é motivo de divergência entre Marcelo Odebrecht e o antigo chefe do setor, Hilberto Mascarenhas, que se contradizem quanto ao fim das operações ilícitas. 

As informações são de reportagem de Thais Bilenky na Folha de S.Paulo.

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"No início de 2015, um ano depois do início da Operação Lava Jato, parte do setor foi transferida para a República Dominicana e dois funcionários se mudaram para o exterior, a pedido do então presidente Marcelo Odebrecht.

Em seu depoimento à força-tarefa da Lava Jato, em dezembro de 2016, o herdeiro do grupo disse que a decisão tinha como objetivo encerrar as atividades ilícitas.

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'O que eu disse foi 'feche as contas [estrangeiras não declaradas], acaba com as operações estruturadas e vai para o exterior trabalhar com mais serenidade e sem risco de grampo', afirmou Marcelo Odebrecht a procuradores.

Mas Hilberto Mascarenhas da Silva, chefe do Setor de Operações Estruturadas naquele momento, relatou que a transferência, uma exigência de Marcelo Odebrecht, era uma tentativa de driblar o monitoramento das autoridades e manter as operações.

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"Ele queria evitar o risco. Estava sentindo que alguma coisa estava prestes a acontecer e aí exigiu que a área, para continuar, fosse fora do Brasil", afirmou Silva.

Marcelo Odebrecht foi preso meses depois, em junho de 2015. Seu pai, Emílio Odebrecht, assumiu a empresa e só então, segundo disse o patriarca ao Ministério Público Federal, os repasses ilícitos foram interrompidos. 

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'Quando eu, logo uma semana depois [da prisão de Marcelo], oficializava a entrada no Newton [de Souza] como presidente substituindo o Marcelo e, ao mesmo tempo, definia uma série de regras dentro da organização, foi que daí para frente terminou o caixa dois, zerava. Os compromissos que existiam morreram. [A ordem era] desfazer tudo, não existe mais', afirmou Emílio."

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